Hamilton descarta aposentadoria da F1 e quer voltar a vencer

(Foto: Marco Canoniero/LightRocket via Getty Images)


À luz da aposentadoria de Sebastian Vettel ao fim deste ano e o contrato de múltiplos anos de Fernando Alonso com a Aston Martin para 2023, Lewis Hamilton, hoje piloto mais experiente da F1 ao lado dos rivais, também reassegurou sua permanência na categoria. Na próxima temporada, quando completará 38 anos, o heptacampeão será ao lado de Alonso (42) o piloto mais experiente do grid.

O anúncio do fim da carreira de Vettel veio há duas semanas, às vésperas do GP da Hungria. O alemão de 35 anos da Aston Martin, dono de quatro títulos, 53 vitórias e 122 pódios, quer se dedicar à família - além de começar a perceber incompatibilidade em seu estilo de vida com o ativismo pelo meio ambiente. Vettel disputa sua 15ª e última temporada na F1.

Apenas quatro dias depois, Alonso foi anunciado como seu substituto na equipe. O bicampeão deixará a Alpine, que não quis lhe oferecer uma renovação de mais de um ano por temer sua potencial queda de rendimento devido à idade e a obrigação contratual com o reserva Oscar Piastri.

Hamilton tem contrato com a Mercedes até o fim de 2023, renovado ainda em 2021. O heptacampeão, que disputa neste ano sua 16ª temporada na categoria, lidera hoje a atual octacampeã de construtores como terceira força do campeonato, superando um começo de ano complicado.

Ao lado do novo companheiro de equipe - e menos experiente - George Russell, que deu à partida em 2022 com melhores resultados, Hamilton deu suporte à equipe alemã no desenvolvimento do W13, carro da temporada, disponibilizando-se para carregar sensores, avaliar dados e testar ajustes.

Com mudanças bem sucedidas, o heptacampeão voltou a focar em seu desempenho e hoje soma seis pódios até aqui, cinco deles consecutivamente desde o GP do Canadá, em junho.

- Não estou realmente pensando nisso. Ainda penso em como melhorar esse carro; quais são os passos que preciso dar para que esse time volte a vencer. Qual o roteiro para ganhar outro campeonato? O que precisamos fazer para que todos neste esporte comecem a refletir sobre o trabalho que tentamos fazer sobre diversidade? Ainda estou lutando por essas coisas e ainda sinto que tenho muito o que fazer - explicou Hamilton.

Quando o ano virar, apenas ele e Alonso serão os únicos a terem conhecido uma F1 diferente nos primeiros anos do milênio - o espanhol debutou em 2001 e Hamilton, em 2007. E o piloto da Mercedes deu mostras de que ainda pretende permanecer ativo por mais tempo que seu contemporâneo no grid.

- É um lembrete de que estou naquela fase da minha carreira em que as pessoas com as quais estreei e corri por tanto tempo começarão a para. Antes que percebamos, Fernando também não estará mais aqui e então eu serei o mais velho - desabafou o heptacampeão.

Hamilton ocupa a sexta colocação no Mundial com 146 pontos, 12 a menos que Russell, em quarto. A dupla retorna daqui a três semanas após as férias de verão da F1 em 28 de agosto, no GP da Bélgica.

Globo Esporte

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