Conformado sem Seleção, Ganso se julga único no Brasil

Ganso se conformou com ausência na Copa do Mundo

O meia Paulo Henrique Ganso não queria nem conceder entrevistas quando deixou o time titular do São Paulo, durante o Campeonato Paulista. Novamente em alta com o técnico Muricy Ramalho, mas não com Luiz Felipe Scolari, o jogador já tem suficiente autoestima para não ficar melindrado com as remotas possibilidades de defender a Seleção Brasileira na Copa do Mundo.

"Como armador, não vejo ninguém no Brasil acima da média, como eu", disse Ganso, sem titubear, estendendo o elogio ao centroavante são-paulino Luis Fabiano - outro que Felipão não deverá convocar para o Mundial. "Sempre fui acima da média e procuro demonstrar isso em campo", insistiu o meia.

A opinião de Paulo Henrique Ganso não é compartilhada pelo comandante da Seleção Brasileira. O que não parece incomodá-lo. "O grupo do Felipão já está fechado. Por tudo o que aconteceu, as minhas chances praticamente sumiram. Vou assistir à convocação só para saber quem serão as pessoas que representarão muito bem o País", resignou-se.Ganso só se exaltou um pouco mais para defender o seu status de "acima da média" na hora em que o São Paulo estava em pauta.

"Não perdi a posição. Havia sido poupado", corrigiu, quando escutou que tinha parado no banco de reservas da equipe. "Naquele momento, queria focar nos treinamentos e voltar a falar quando estivesse melhor."

O meia já está um pouco melhor - não o bastante para participar da Copa do Mundo -, admitindo até algumas críticas. "Sempre vão cobrar de quem pode render mais, de quem tem um talento apurado. As pessoas me cobram porque tenho essa condição. Isso não é pressão. É a responsabilidade de jogar com a camisa 10 de um grande clube", sorriu o antes selecionável Paulo Henrique Ganso.

Terra

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