Siemsen assume demissão de Renato: quem toma decisão sou eu

Siemsen assume decisão de demitir Renato Gaúcho Foto: Daniel Ramalho / Terra

Siemsen assume decisão de demitir Renato Gaúcho

Foto: Daniel Ramalho / Terra

A decisão de demitir Renato Gaúcho do comando do Fluminense foi do presidente do clube, Peter Siemsen, e do diretor de futebol, Ricardo Tenório, com consentimento de Celso Barros, presidente da empresa que patrocina o clube. Quem fez a afirmação foi o próprio Siemsen em entrevista na manhã desta terça-feira, nas Laranjeiras, para explicar a decisão de trocar o comando técnico do clube.

“Conversei com o Celso ontem. Ele tem a opinião dele. Respeito como sempre respeitei, mas achei que chegou o momento. O Fluminense vai bancar esse novo treinador, dentro de um equilíbrio do orçamento”, disse Peter, que soube pela imprensa que este ano os recursos para o futebol do clube serão bem menores. “O patrocinador deixou claro que era um ano de poucos investimentos em uma entrevista, entendemos o recado”, afirmou.

O presidente do Fluminense negou que tenha acontecido um bate-boca entre ele e Celso Barros na última semana como chegou a ser noticiado. “Há divergências como acontece em qualquer empresa, qualquer família”.

E negou que possa haver riscos para a parceria entre o clube e a Unimed. “A parceria teve momentos de vitória e momentos mais complicados e numa futura avaliação espero que ela siga por muito tempo. Mas quem toma a decisão pelo clube sou eu e no futebol há divergências e às vezes há votos vencidos”, disse.

Peter disse que foi uma decisão difícil demitir um ídolo como Renato, mas que os maus resultados acabaram por determinar a decisão. “Ninguém estava satisfeito com os resultados. Temos grandes jogadores, mas que formam um elenco e o elenco hoje precisa se esforça para ter equilíbrio maior ao elenco. Estamos procurando soluções importantes nessa direção”, disse.

Ele negou que a decisão tenha sido tomada porque na próxima semana o time tenha um jogo decisivo contra o Horizonte pela Copa do Brasil (perdeu na ida por 3 a 1, em Fortaleza). “Nosso foco é o brasileiro, que é duríssimo. Mas é certo que o time não estava rendendo para enfrentar um jogo em que precisa não tomar gols e fazer muitos”, comentou.

Peter Siemsen desconversou sobre o perfil do novo técnico e nem se está já em contato com algum nome (Cristóvão Borges é um dos cotados). “Gosto de trabalhar com pessoas por muito tempo, mesmo não sendo muito comum no futebol brasileiro. Tentamos com o Abel, mas infelizmente não foi adiante. Quero um técnico que conheça o clube mais que os jogadores”, disse, dando pistas sobre uma possível escolha.

O time, de acordo com Peter, pode ganhar além de um técnico novo, reforços para tentar reencontrar o que chama de equilíbrio, dentro da nova realidade financeira. “Cabe ao Fluminense encontrar jogadores que ainda não tenham alto custo no mercado e se encaixem no equilíbrio que o time precisa em posições que ainda precisam de jogadores que não se firmaram”, disse. “Não vão ser só jogadores baratos” disse.

Peter ainda comentou sobre mais três assuntos. Disse que a aposentadoria de Heverton, da Portuguesa, que acabou rebaixando a equipe paulista e salvando o Fluminense da série B é ruim para o futebol, mas que o Flu não tem nada com o assunto e que já sofreu demais com o tema. Disse que vai seguir na oposição ao presidente da Federação de Futebol do Rio, Rubens Lopes e se recusou a responder as declarações de Rubinho que o chamou de “moço estranho”.

“Há uma sinergia entre Flamengo, Vasco e Fluminense e há um trabalho sendo feito para encontrar soluções para o futebol do Rio.” Sobre uma possível volta de Rodrigo Caetano ao comando executivo do futebol, desejo de Celso Barros, Peter mandou recado claro. “Ocupar esse cargo está no nosso planejamento, mas a prioridade agora é o técnico”, afirmou.

Terra

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