Em uma revisão do acordo de marketing entre as partes, o Comitê Organizador do Rio-2016 reduziu o repasse de patrocínio para o COB (Comitê Olímpico Brasileiro). Com isso, a organização que gere o esporte olímpico nacional teve uma perda estimada de R$ 41 milhões. Isso reduz o dinheiro disponível para a preparação olímpica.
Em todos os Jogos, o comitê organizador local repassa uma parte dos patrocínio obtido para o organismo esportivo local. É uma forma de compensar a entidade por não poder firmar parcerias com empresas concorrentes das que apoiam Olimpíada.
Pelo acordo firmado entre o Rio-2016 e o COB, seriam repassados 12% de todos os patrocínios obtidos com a olimpíada para a organização do esporte olímpico brasileiro. Isso ocorreria até o total de US$ 60 milhões – ou R$ 120 milhões pelo câmbio da época. Depois disso, o percentual cairia para 8%. É o que está descrito em documentos do comitê brasileiro de 2013.
Com esse percentual, o COB recebeu R$ 69 milhões em patrocínios em 2014. Só que aí o balanço do comitê de 2015 registra uma queda: fica com apenas R$ 16,5 milhões. O documento contábil do comitê explica a situação: “Durante o ano de 2015, houve renegociação do saldo devedor do contas a receber e da metodologia de cálculo da parcela a receber do COB referente aos repasses de patrocínios.''
Pelos novos termos, o valor máximo a ser recebido pelo COB será de R$ 120 milhões considerados todos os anos. Com a correção da inflação, sobrou um saldo de R$ 56 milhões para ser quitado até o final de 2016.
“Desde a candidatura que estava prevista essa limitação em US$ 60 milhões'', defendeu o diretor de comunicação do comitê Rio-2016, Mario Andrada.
Mas não é o que esperava o COB. Tanto que o blog apurou que há contrariedade dentro do comitê com o novo modelo. No balanço, o comitê registrou que o prejuízo foi de R$ 41 milhões, dinheiro que esperava receber e teve que contabilizar como perda. O blog mandou perguntas para o COB sobre o tamanho do efeito na preparação olímpica, mas não recebeu respostas.
O presidente do Comitê Rio-2016 e do COB é a mesma pessoa: Carlos Arthur Nuzman. Já houve questionamentos dentro do COI de que isso geraria conflito de interesse. Ele sempre negou que pudesse acontece.
UOL Esporte
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