F1 promete receber Herta de braços abertos

(Foto: Greg Doherty/Getty Images)


A F1 pode ter em 2023 o primeiro piloto dos Estados Unidos desde Alexander Rossi em 2015. E o candidato é Colton Herta, da Fórmula Indy - cotado para uma vaga na AlphaTauri mas que ainda não tem pontos suficientes na superlicença. Presidente da categoria, Stefano Domenicali reforçou a indispensabilidade do documento, mas garantiu que o piloto será bem vindo caso o obtenha.

- Se Herta tiver os números necessários para correr na Fórmula 1, ficaríamos muito satisfeitos e o receberíamos de braços abertos. Então caberá a ele demonstrar se a experiência que ganhou em uma categoria diferente da F1 permitirá que ele se adapte - afirmou o italiano.

Herta estreou na Indy em 2019, quando se tornou o vencedor mais jovem de uma corrida na história da categoria aos 18 anos. Dono de sete vitórias e nove pole positions - também o mais jovem a conquistá-la, aos 19, é titular da Andretti.

Ele ocupa em 2022 a oitava colocação no campeonato à frente dos colegas Rossi e Romain Grosjean, e o novato Devlin DeFrancesco. Porém, soma apenas 32 dos 40 pontos necessários para a obtenção do direito de guiar um Fórmula 1.

O californiano de 22 anos está cotado para a vaga de Pierre Gasly, que nesse caso, seria liberado à Alpine pela RBR.

Em 2021, seu nome foi relacionado com a Alfa Romeo, e o próprio lamentou o desfecho das conversas no começo deste ano, quando entrou na lista de potenciais substitutos para Daniel Ricciardo na McLaren. Herta recebeu ainda apoio do campeão da F1 e Indy, Mario Andretti.

Herta ainda disputa neste fim de semana a última etapa da Indy, em Laguna Seca. Terminando o campeonato entre os dez melhores colocados, garante no mínimo mais um ponto para a superlicença. Ele ainda poderia participar de treinos livres com a AlphaTauri, mas a expectativa é que ele estacione nos 38 pontos.

O Código Esportivo Internacional da FIA prevê, no artigo 13.1.6.D do apêndice L, que um piloto pode receber a superlicença caso "tenha um mínimo de 30 pontos na superlicença, mas seja julgado apenas pela FIA como incapaz de se classificar enquanto participava de uma ou mais competições".

- Um piloto americano pode criar muito interesse em um mercado em rápido crescimento como os EUA. No entanto, a entrada na Fórmula 1 está ligada a parâmetros claros no regulamento, e esses parâmetros devem ser respeitados. A credibilidade do sistema está em jogo. A FIA está fazendo suas avaliações e é uma questão para eles - reforçou Domenicali.

Embora seja a maior categoria de monopostos dos EUA - com quatro brasileiros campeões, somando os resultados pré-unificação -, a Indy concede menos pontos para a superlicença da F1 que a Fórmula 2, questionamento do próprio Herta, que também é piloto de desenvolvimento da McLaren.

Globo Esporte

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