Sul-africana com sexo suspeito deve manter medalha de ouro

Caster Semenya se sagrou campeã mundial dos 800 m rasos em 19 de agosto, porém até agora não pôde comemorar a conquista de forma apropriada. O mistério envolvendo a feminilidade da atleta, porém, está prestes a acabar: segundo a emissora de televisão britânica BBC, ela manterá a medalha de ouro independentemente dos resultados dos exames aos quais foi submetida.

Semenya, de apenas 18 anos, surpreendeu no Mundial de Berlim ao confirmar uma evolução de quase nove segundos em seu tempo em um intervalo de apenas um ano. Antes mesmo de se consagrar na Alemanha, no entanto, a jovem teve de realizar dois exames para detectar a quantidade de testosterona em seu corpo - suspeitas sobre seu sexo foram levantadas por rivais e pela própria imprensa da África do Sul, espantadas com a força muscular da campeã.

De acordo com a BBC, de qualquer forma, a atleta não tem mais com o que se preocupar. Ainda que a IAAF (Federação Internacional de Aletismo) só deva confirmar o resultado das análises em cerca de duas semanas, os ingleses já asseguram que a atleta não perderá o lugar mais alto do pódio. "Seria legalmente muito difícil tirar a sua medalha", admitiu à emissora o porta-voz da entidade, lembrando que anteriormente ela havia sido liberada para competir.

Na prática, a IAAF relata que já temia de antemão pela participação de Semenya no Mundial, tendo inclusive solicitado à ASA (federação sul-africana da modalidade) a exclusão da adolescente. Entretanto, o órgão local insistiu no caso e obteve a liberação da atleta, cuja feminilidade foi garantida pela família.

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