Otimista, Hewitt recorre a vídeo para conhecer rival brasileiro

Se Ricardo Hocevar é pouco conhecido até para o público brasileiro, imagine então para Lleyton Hewitt, que estreia no Aberto da Austrália contra o n° 194 do mundo na próxima terça-feira. Prestes a jogar diante da torcida, o favorito admite desconhecer o rival, mas tem "uma boa sensação" de que avançará, mesmo porque garante: seu nível de jogo está parecido ao da época na qual era um dos melhores do ranking.

Atualmente o 22º colocado da lista de entradas, Hewitt deixou parte da desconfiança para trás ao ignorar a 108ª posição que ocupava em fevereiro passado, quando voltava às quadras após seis meses parado devido a uma cirurgia no quadril. Desde então, venceu o ATP 250 de Houston, foi quadrifinalista de Wimbledon e acredita em brilhar também diante da torcida.

"Meu jogo não mudou muito", respondeu, quando convidado durante entrevista a comparar seu nível atual e o de 2004. Naquele ano, ele realizou sua melhor campanha no Grand Slam local, perdendo na final para o russo Marat Safin a chance de se tornar o primeiro australiano campeão do evento desde Mark Edmondson em 1976.

Nesta temporada, o desafio inicial, a ser realizado na próxima terça em horário ainda não definido pela organização, é desconhecido para Hewitt. Ele pega Hocevar, que aos 24 anos furou de forma inédita, em sua sexta tentativa, o qualifying de um Slam. "Não sei muito sobre ele neste momento", admitiu o antigo n° 1 do mundo.

Um dos grandes rivais de Gustavo Kuerten no início da década de 2000, o tenista de 28 anos contará com a ajuda de sua comissão técnica para conhecer as características do outro brasileiro, este bem menos famoso.

"Provavelmente veremos um vídeo dele. Também falei com algumas pessoas que já o enfrentaram no ano passado", contou o favorito.

"Qualifiers são sempre duros. Em cinco sets, porém, poderei ver o seu jogo, até já na primeira parcial. Indo à quadra, concentrarei em mim mesmo. Se eu executar as coisas que quero, tenho uma boa sensação de que posso avançar".

Em 2009, Hocevar, 24 anos, chegou a alcançar a 149ª posição do ranking, a melhor de sua carreira. Atuando especialmente em challengers, conseguiu alcançar três semifinais e enfrentou rivais como os top 100 Nicolás Almagro, Horacio Zeballos e Michael Russell, todos inscritos na chave do Aberto da Austrália.

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