Piloto alemão abandona Dakar após atropelamento com morte

Após o acidente que provocou a morte de uma espectadora na tarde deste sábado, o piloto alemão Mirco Shultis e o navegador tcheco Ulrich Leardi optaram por não continuar na disputa do Rally Dakar 2010. Os dois alegam estar psicologicamente abalados com o acontecido.

Segundo relatos de testemunhas, os dois ficaram perplexos após a fatalidade. Algumas pessoas da região tentaram partir para a agressão contra ambos.

A dupla perdeu o controle do carro em uma curva no quilômetro 75 da primeira especial da disputa acertando o público que acompanhava a prova em uma zona não permitida pela organização. De acordo com o jornal La Voz, de Córdoba, região do ocorrido, dez pessoas foram atropeladas.

Uma delas, a empregada doméstica Natalia Sonia Gallardo, 28 anos, não resistiu a três paradas cardíacas e morreu horas depois. Entre os outros feridos, está o fotógrafo brasileiro Tom Papps, do site Webventure. A publicação argentina diz que o nome do profissional brasileiro ferido é Wifredo Capellari, mas ainda não há confirmação de que ele seria uma segunda vítima da tragédia.

O marido e a filha de Natalia também se machucaram no acidente, mas estão fora de perigo, assim como os outros atingidos pelo carro.

A direção do Rally Dakar limitou-se a uma declaração na qual alega que as pessoas não poderiam estar no local do atropelamento: "a organização e as autoridades convocam a população a ter grande prudência e respeitar as zonas públicas".

O comissário geral da polícia de Córdoba, Julio César Berrocal, endossou as palavras, apesar de haver um efetivo de 5400 policiais para dar segurança ao Dakar. "As pessoas os ignoraram, apesar das instruções", declarou.

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