Goleada não empolga, e Soubak cobra mais pontaria da Seleção de handebol

Apesar da vitória por larga margem de pontos, uma melhora nas finalizações é esperada. Foto: Edson Lopes Jr/Terra

Apesar da vitória por larga margem de pontos, uma melhora nas finalizações é esperada

A vitória por 16 gols de diferença sobre Cuba na estreia do Campeonato Mundial feminino de handebol não permitiu que o técnico Morten Soubak se empolgasse com o desempenho da Seleção Brasileira. O treinador dinamarquês, embora se mostrasse satisfeito com o resultado do jogo, foi crítico ao citar a maior debilidade apresentada pelo time na sexta-feira: a falta de pontaria.

"Falar depois do jogo de hoje é fácil: precisamos fazer mais gols", analisou Soubak, apesar da goleada por 37 a 21 aplicada pelo Brasil no jogo de estreia no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. "Estava feio para a gente em relação aos arremessos cara a cara, principalmente na linha de 6 m", acrescentou.

Os números da partida respaldam a opinião do comandante da Seleção. Depois de um início arrasador, com 11 gols nos 11 primeiros minutos de jogo, o Brasil perdeu inúmeras oportunidades, principalmente no final da etapa inicial, que terminou 17 a 11 para as anfitriãs do Mundial.

O aproveitamento ofensivo da Seleção na primeira partida no Mundial foi de 60%, com 37 gols em 62 arremessos. Já da linha de 6 m, o rendimento cai um pouco mais: foram 17 acertos em 30 tentativas - ou 57%. A jogadora mais eficiente do Brasil foi a ponta direita Alexandra, com sete gols em nove arremessos (78%).

No entanto, não apenas de críticas foram as palavras de Soubak. O dinamarquês ressaltou a boa atuação do sistema defensivo de sua equipe, que conseguiu neutralizar Cuba e dar boa sustentação para o restante do time. Especialmente nos contra-ataques.

"Estou contente com vários outros pontos. A defesa eu acho que foi bem no geral e estou satisfeito com tantos contragolpes que criamos", acrescentou Soubak, que viu 14 jogadas serem assim criadas pela Seleção, nove delas terminando com a bola no fundo das redes de Cuba. "Mas estamos insatisfeitos por não termos feito mais gols", repetiu.

O Brasil tem todo o final de semana para corrigir os erros apresentados na estreia e fazer sua segunda partida no Mundial feminino. A equipe verde-amarela volta à quadra do Ginásio do Ibirapuera na segunda, quando mede forças com o Japão, às 19h45 (de Brasília). A Seleção verde-amarela compõe o Grupo C, que ainda conta com França, Romênia e Tunísia, além de japonesas, brasileiras e cubanas. Os quatro times mais bem colocados ao final da primeira fase avançam às oitavas de final.

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