Andrés critica "vaidade" na CBF e diz: quem trai uma vez trai duas

Andrés Sánchez era diretor de Seleções da CBF até o fim de novembro Foto: Mauro Pimentel / Terra

Andrés Sánchez era diretor de Seleções da CBF até o fim de novembro

Andrés Sanchez deixou o cargo de diretor de Seleções da Confederação Brasileira (CBF) por ter "certeza absoluta" de que, sem ele ser informado, José Maria Marin negociava com Luiz Felipe Scolari antes mesmo de demitir Mano Menezes. O ex-presidente do Corinthians, que pediu demissão da CBF no fim de novembro, se disse "fritado, traído e decepcionado – o nome que vocês queiram dar" ao comentar sobre a troca de treinador na Seleção. "Não posso admitir eles conversarem com o futuro treinador e eu ser diretor de seleções e não participar. Acho uma falta de respeito comigo, com o Mano, com toda a estrutura do futebol brasileiro", disse Andrés nesta segunda-feira, em entrevista ao SporTV.

"Eu não sou a Rainha da Inglaterra, tem muita gente lá que é. Eu talvez estivesse incomodando eles para muita coisa que eles tem de fazer", criticou Sanchez, em relação à CBF, sem citar nomes. Afirmando que após esse caso não podia mais permanecer no cargo de jeito nenhum, ele especificou: "quem trai uma vez trai duas". O ex-presidente do Corinthians ainda explicou que, embora defendesse a permanência de Mano Menezes na Seleção, respeitaria a "hierarquia" e aceitaria a decisão de Marin caso tivesse sido informado sobre o assunto anteriormente. "Acho que o Mano errou em muitas coisas, não só em convocação e escalação, mas em 2012 tinha achado o trilho e o caminho estava certo. Se o Felipão chegar, mudar tudo e der certo, eles têm razão (na troca de treinador). Se não mudar nada, continuar a base e for campeão, estávamos certos. Eles têm vaidade e querem mudar tudo", afirmou, lembrando que Menezes havia sido contratado pelo presidente anterior, Ricardo Teixeira.

Terra

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