Cruzeiro e Atlético vivem momentos diferentes no gol

O ditado popular diz que todo grande time começa por um grande goleiro. Este pode ser um dos motivos do recente domínio do Cruzeiro sobre o Atlético-MG no Campeonato Mineiro. Enquanto o clube celeste confia em Fábio há mais de três anos, os alvinegros ainda não encontraram o goleiro ideal desde a saída de Diego, que foi para o Almería (ESP) em julho de 2007.

Neste período de quase dois anos, o Cruzeiro teve Fábio como titular absoluto. Curiosamente, a fase do camisa 1 celeste melhorou depois de uma derrota para o Atlético-MG, na final do Campeonato Mineiro de 2007. Na ocasião, o time alvinegro venceu por 4 a 0 e Fábio sofreu um gol inusitado, ao dar as costas para os jogadores rivais e não perceber que a bola estava em jogo. Depois disso, o clube conquistou dois títulos mineiros e uma classificação para a Copa Libertadores.

Já no Atlético, a posição está dividida desde então. De um lado, o jovem Edson, revelado pelo próprio clube. Do outro, o experiente Juninho, que chegou em 2007 para substituir Diego, mas não conseguiu se firmar totalmente devido a contusões e algumas falhas. Ambos vêm se revezando desde então. A troca é tão constante, que nenhum chegou a completar 100 jogos pelo clube. Desde então, o time alvinegro não conquistou títulos.

Entre os 12 clubes dos quatro grandes centros do país, mais o Sport, o Atlético é o único que não tem um titular 100% definido. Apesar da atual titularidade de Juninho, Edson também tem a confiança do técnico Emerson Leão e pode ser testado. Leão, aliás, admitiu ter pedido a contratação de um goleiro no início do ano.

O único clube que vive situação parecida é o Botafogo, que utiliza o reserva Renan desde o início do ano, devido a uma grave contusão do titular Castillo. Grêmio e Internacional trocaram de goleiro recentemente, e não há previsão de mudanças na posição. Por isso, a tendência é de que os números de Victor e Lauro cresçam.

Confira o número de jogos dos goleiros titulares dos 13 clubes, em ordem de partidas jogadas:

São Paulo - Rogério Ceni (841 jogos)
Palmeiras - Marcos (429 jogos)
Santos - Fábio Costa (333 jogos)
Cruzeiro - Fábio (261 jogos)
Fluminense - Fernando Henrique (232 jogos)
Sport - Magrão (167 jogos)
Flamengo - Bruno (157 jogos)
Corinthians - Felipe (128 jogos)
Atlético-MG - Juninho (67 jogos) e Edson (52 jogos)
Vasco - Tiago (64 jogos)
Grêmio - Victor (62 jogos)
Internacional - Lauro (39 jogos)
Botafogo - Renan (33 jogos)

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