Atlético-MG derrota Boca nos tribunais e evita gastos de R$ 4,7 milhões

Atlético-MG, do presidente Alexandre Kalil, segue em situação financeira delicada Foto: Terra

Atlético-MG, do presidente Alexandre Kalil, segue em situação financeira delicada

O departamento jurídico do Atlético-MG obteve uma vitória importante nos tribunais que evitará ao clube, ainda em situação financeira delicada, um gasto de US$ 2 milhões (cerca de R$ 4,7 milhões).

Em julgamento na Fifa, a equipe mineira venceu o Boca Juniors em uma ação que os argentinos alegavam suposta irregularidade no empréstimo do zagueiro Julio César Cáceres, que vestiu a camisa atleticana nas temporadas de 2005 e 2010.

Na segunda passagem, em 2010, Cáceres foi emprestado ao Atlético-MG que, ciente da insatisfação do zagueiro no clube, o reemprestou ao Olimpia. O Boca Juniors, dono dos direitos econômicos, entrou com uma ação alegando existir uma cláusula que proibia o Atlético de realizar quaisquer negócio com o jogador. Em contrapartida, o time mineiro alegou que os direitos e a vontade do atleta deveriam prevalecer na situação.

"O que ocorreu foi que adquirimos o Cáceres por empréstimo, mas o jogador não seria mais aproveitado no clube. Houve uma oportunidade de fazermos o reempréstimo, na época para o Olimpia. O Boca, que tem os direitos do Caceres, não concordou. Mas nós priorizamos a vontade do jogador em sair do clube, apesar da cláusula que poderia impedir a transação. Dentre as teses apresentadas junto à Fifa, ficou decidido que o direito do atleta deveria prevalecer", falou o diretor jurídico do time alvinegro, Lásaro Cândido Cunha.

A vitória nos tribunais impediu que o Atlético-MG fosse obrigado a pagar quase R$ 5 milhões ao Boca Juniors. "É um caso que o Boca ainda pode recorrer à Corte Tribunal, mas perdeu a ação no julgamento realizado na Fifa", acrescentou Lásaro. Na época, Cáceres se transferiu ao Olimpia, e o Atlético ainda ficou responsável por parte dos salários do jogador.

Atualmente, o departamento jurídico do Atlético-MG ainda aguarda para resolver a situação do bloqueio financeiro referente à venda de Bernard. Apesar do sinal positivo da Advocacia Geral da União, o clube ainda não obteve nenhuma outra novidade em relação à semana passada, e ainda aguarda o contato para se reunir em Brasília e conseguir a liberação do montante o mais rápido possível, segundo afirmou Lásaro.

Terra

Comentários