Manaudou encerra hegemonia de Cielo nos 50m borboleta; Nicholas é prata

(Foto: Sergei Grits / AP)















O francês Florent Manaudou conquistou nesta segunda-feira a medalha de ouro na final masculina dos 50m borboleta do Mundial de esportes aquáticos de 2015, em Kazan (Rússia). Com o tempo de 22s97, o francês deixou o brasileiro Nicholas Santos em segundo (23s09). O húngaro Laszlo Cseh e o polonês Konrad Czerniak completaram o pódio dividindo o terceiro lugar (23s15).

César Cielo ficou apenas com o sexto lugar, marcando 23s21. Nos dois Mundiais anteriores, ele havia ficado com a medalha de ouro, mas já havia passado com dificuldades pelas semifinais da disputa em 2015.

Nicholas havia conquistado o primeiro lugar (23s05) na primeira bateria das semis – a mesma de Cielo, que avançou com o quinto lugar (23s29) na bateria e o pior dos oito tempos entre os finalistas. A marca ficou bem acima dos tempos que valeram a Cielo a medalha de ouro nos Mundiais de 2011 (21s52) e de 2013 (21s32).

"Fiquei focado na minha linha, na minha raia. Estou bem feliz", disse Nicholas em entrevista ao canal de TV por assinatura SporTV, lamentando apenas o final da prova. "Foi bem perto. No finalzinho não encaixou tão bem, deu uma deslizadinha (da mão) na parede."

Cielo, por sua vez, demonstrou insatisfação com seu desempenho. "A prova acabou não sendo boa de novo. A saída foi mais ou menos, mas... Esperava estar muito melhor no campeonato. Baixei um pouquinho (em relação ao tempo) de ontem. Mas não tem o que falar. Tem que corrigir isso aí para ir bem na Olimpíada", disse à emissora.

Foi a primeira medalha de Florent Manaudou em finais dos 50m borboleta dos Mundiais. O francês havia sido quinto colocado em 2011 e oitavo em 2013.

Brasileiros caem nas semifinais

Antes, na semifinal masculina dos 100m costas, o brasileiro Guilherme Guido ficou com o sétimo tempo em sua bateria 53s88. No fim, ficou em 14º e acabou eliminado da final – os tempos classificados ficaram entre 52s38 (Mitchell Larkin, da Austrália) e 53s39 (Chris Walker-Hebborn, da Grã-Bretanha).

Já nas semifinais femininas da mesma prova, Etiene Medeiros disputou a segunda bateria e ficou com o sexto tempo, marcando 59s97. No geral, Etiene ficou com a nona colocação e acabou fora da decisão. Os tempos classificados ficaram entre 58s56 (Emily Seebohm, da Austrália) e 59s71 (Lauren Quigley, da Grã-Bretanha).

A brasileira lamentou o desempenho na parte final da prova. "Se conseguir passar um pouco mais forte, se conseguir segurar essa volta, vai ser melhor", disse ao SporTV.

Já nas semifinais masculinas dos 200m livre, João de Lucca ficou com o oitavo lugar da primeira bateria e 16ª posição no geral, marcando 1min48s23. Os tempos da final ficaram entre 1min45s36 (Ryan Lochte, dos EUA) e 1min46s45 (Aleksandr Krasnykh, da Rússia).

À TV, De Lucca disse esperar levar adiante o aprendizado da prova. "Acho que esperei muito para atacar no final. Com esse pessoal que está competindo, a gente não pode brincar", disse.

Outras finais

Na final masculina dos 100m peito, o britânico Adam Peaty marcou 58s52 e conquistou o ouro, deixando o sul-africano Cameron van der Burgh (campeão olímpico da prova em 2012) em segundo (58s59) e o britânico Ross Murdoch (59s09) em terceiro.

Já na decisão feminina dos 100m borboleta, a sueca Sarah Sjöström confirmou o favoritismo e faturou a medalha de ouro com o tempo de 55s64 – novo recorde mundial, baixando a própria marca (55s74) conquistada na véspera. Campeã da prova também nos Mundiais de 2009 e 2013, Sjöström deixou a dinamarquesa Jeanette Ottesen (57s05) com a prata e a chinesa Lu Ying (57s48) com o bronze.

Por fim, na decisão feminina dos 200m medley, a húngara Katinka Hosszu faturou o bicampeonato da prova ao marcar 2min06s12 – novo recorde mundial, comemorado com lágrima pela Dama de Ferro. A japonesa Kanako Watanabe (2min08s45) e a britânica Siobhan-Marie O'Connor (2min08s77) completaram o pódio.

UOL Esporte

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