O que precisa acontecer para os comandantes acordarem?

Emerson Sheik reclamou muito da arbitragem durante o jogo Botafogo x Bahia (Foto: UOL Esporte)















Finalmente, depois de querer evitar todo o tipo de polêmica, o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), José Maria Marin, caiu na graça do povo e criticou a arbitragem brasileira. Na coletiva de ontem, feita pelo técnico Dunga para apresentar a seleção que irá enfrentar Argentina (Superclássico das Américas) e Japão (amistoso), o presidente demonstrou certo incômodo e disse que precisa de mais esforços para melhorar a qualidade. 

O que fica mais evidente nisso é a falta de percepção de Marin. Não é de hoje que árbitros e auxiliares vem errando em marcações simples, até mesmo grotescas, em favor (ou não) de um time no Campeonato Brasileiro. A mais evidente é a subida do Flamengo na tabela, depois de vencer jogos com muitas polêmicas, como pênaltis inexistentes e gols irregulares. Mas há outras equipes que venceram assim, como Cruzeiro, Corinthians, Fluminense e dentre outros. 

A crítica aqui não vai as equipe beneficiadas, elas são as menos culpadas pelos erros (mesmo que o adversário que sofre as consequências desses erros), mas a uma categoria que é o básico de um futebol bem jogado. Árbitro competente é aquele que não vira personagem do jogo, passa batido pela imprensa e pouco favorece (e desfavorece) algum clube. 

Clássico foi marcado por gol irregular do Flamengo (Foto: Site Oficial do Flamengo)

















O episódio mais recente foi no jogo Botafogo e Bahia, na última quarta-feira (17) envolvendo diversos jogadores do alvinegro, como Emerson Sheik e Júlio César. A equipe teve três jogadores expulsos, mas as reclamações contra a arbitragem ocorreu durante todo o jogo. Emerson ainda usou as câmeras e reportagens para criticar a CBF. Chamou a entidade de “vergonha”. 

Por todo o contexto que estamos, e pela reforma que torcedores e imprensa pediram nas equipes e na própria seleção, é um espanto ver que nada mudou e continuamos a sofrer com profissionais despreparados e incompetentes. No entanto, não iremos generalizar que todos são assim, mas os que estão se tornando personagens (desagradáveis) nas partidas precisam de uma reformulação e uma ajuda para evitar esses erros. Mas essas mudanças são para ontem e não em longo prazo. E bato na mesma tecla: fomos sede da Copa do Mundo esse ano. O legado deixado em nada ajudou (até hoje) a mudar essa situação. O futebol precisa ser jogado novamente com emoção, vontade e determinação e não sofrer com os erros.

E nem acho necessário comentar a atitude do comentarista Caio Ribeiro, da Rede Globo, sobre discordar dos protestos de Sheik. Ele disse que “Não (concordo), principalmente no calor da partida, precisa ter respeito à hierarquia, por mais que você não concorde”. Há muitos anos que o ex-jogador não sente o calor do jogo e o que ocorre em campo e tenta explicar a atitude, por mais que não concordemos com o que disse. Perdeu a oportunidade de fica em silêncio. 

E vamos levando, porque opinião e críticas assim parecem não fazer nenhum efeito para a CBF. 

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