Perto de saída, Valdivia não treina mais com o Palmeiras


Valdivia se aproxima de torcedor após invasão ao treinamento do Chile, em Belo Horizonte

Jorge Valdivia nem sequer treina com o Palmeiras após a pausa da Copa do Mundo. O jogador está negociando a sua ida para o Fujairah FC, dos Emirados Árabes, e só volta à Academia de Futebol caso a transação não seja efetivada. A informação foi confirmada nesta segunda-feira pela assessoria de imprensa do atleta. O time iniciou treinamento a partir das 9h30.

O meio-campista disputou a Copa pelo Chile, marcou até um gol e pretendia jogar na Europa depois disso. Não à toa, deu procuração para Wagner Ribeiro, empresário de Neymar, que nada conseguiu.

Apesar dessa vontade, ele vinha sendo tratado como jogador titular por Ricardo Gareca. O técnico argentino tinha até escalado o camisa 10 como o homem das bolas paradas. Com sua saída, a função ficará com Wesley ou Bruno César.

O Fujairah FC fez uma proposta de 5,5 milhões de euros (aproximadamente R$ 16,5 milhões), o suficiente para convencer a cúpula palmeirense de aceitar o negócio. Para sacramentar a saída, falta o jogador acertar os últimos detalhes com o seu próximo time e assinar o contrato, que deve ter três anos de duração.

Para que a transação seja efetivada, a equipe árabe topou assumir a multa de 2 milhões de euros que consta em contrato caso o Palmeiras vendesse o atleta para algum time árabe. Esse valor era ainda maior nos dois primeiros anos de contrato, mas essa parte da cláusula imposta pelo Al Ain, ex-clube do meia, expirou em 2012.

Outro facilitador foi o fato de Valdivia abrir mão dos 10% dos direitos econômicos que lhe pertenciam. O atleta fez isso com a intenção de facilitar a sua saída.

Do total, o Palmeiras ficará com 64% (pouco mais de R$ 10 milhões). Os outros 36% irão para Osório Furlan Jr., empresário que fez um empréstimo para comprar o chileno do Al Ain, em 2010.

De acordo com membros da diretoria financeira alviverde, o total da operação para a chegada de Valdivia, hoje, está na casa dos R$ 23 milhões, contando os juros que o Palmeiras deve para o Banif, banco que pagou a carta de crédito de cerca de 6 milhões de euros para o Al Ain. O prejuízo será muito menor do que o esperado inicialmente.

A diretoria palmeirense não queria renovar com o atleta, que tem contrato até o meio do ano que vem. Seu salário, que ultrapassa a casa dos R$ 500 mil, é considerado muito alto para os padrões da atual política financeira. 

UOL Esporte

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