Argentino, Palmeiras volta a Santos para esquecer início de crise violenta


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Mesmo adversário, mesmo palco, quase quatro meses depois. O Palmeiras enfrenta, nesta quinta-feira (17), o Santos, na Vila Belmiro, para iniciar uma nova era na gestão de Paulo Nobre. A chance de renascer surge praticamente 120 depois da pior crise que o presidente já enfrentou à frente de sua equipe.

No retorno do Campeonato Brasileiro, o clima é de incertezas. O time estreará o argentino Ricardo Gareca no comando e poderá ver, pela primeira vez, uma de suas indicações em campo. Fernando Tobio debuta como jogador alviverde. Ele terá a companhia de Wellington, uma vez que Lúcio, o outro titular da defesa, está suspenso.

A equipe do Palestra Itália inicia, também, um momento sem um camisa 10. Valdivia está finalizando seu acerto com o Fujairah FC e deixa a responsabilidade de armar a equipe para Bruno César, uma das principais contratações de Nobre, mas que ainda não mostrou a que veio.

PRÉ-JOGO COM SANTOS INICIOU CRISE DE VIOLÊNCIA

No dia 20 de março, a sede do sócio-torcedor do Palmeiras, uma das principais bandeiras de Nobre e companhia, foi atacada. Inconformados com o fim dos privilégios, organizados exigiram ingressos para assistir ao clássico na Vila Belmiro e, ao receber a negativa, iniciaram o quebra-quebra.

O episódio ainda teve outro desenrolar. No dia do jogo, quatro membros da Mancha Alviverde agrediram um blogueiro que defendia o ponto de vista da diretoria ao acabar com os privilégios das uniformizadas. Ele estava na Vila Belmiro e foi, covardemente, agredido. Precisou passar até por operação e abandonou os estádios por precaução. Hoje, eles foram identificados pela polícia, mas, até então, estavam soltos e causavam medo nos dirigentes.

À época, Nobre fez reunião com seus pares, pediu que a atenção fosse redobrada nos eventos do clube e passou a andar com segurança reforçada, com mais homens contratado ao seu lado e carro blindado. Orientou que a sede do Fanfulla, um dos grupos políticos que o apoia, fosse trocada de lugar. Foi atendido.
TURBULÊNCIA REFLETE NA POLÍTICA

A oposição aproveitou-se da instabilidade e passou a apontar seus pontos fracos e até deram certo apoio nas ideias das organizadas. O que piorou o cenário para Nobre, no entanto, aconteceria um mês depois do episódio de violência. Para manter a política financeira, não conseguiu se acertar com Alan Kardec e viu mais um camisa 9 querido pela torcida sair pela porta dos fundos.

Já tinha sido assim com Barcos, que foi para o Grêmio, mas sentiu ainda mais os efeitos dessa crise porque viu Kardec ir para o rival São Paulo. O episódio deflagrou mais uma crise interna e uma ruptura nas relações com o presidente são-paulino, Carlos Miguel Aidar, que deu de ombros à atitude e até atacou, chamando Nobre de pequeno.

UOL Esporte

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