Japonês quebra marca de 96 anos ao alcançar semi do Aberto dos EUA



Ele ainda não era nascido. Seu pai também não. Seu avô, possivelmente. Para descobrir quem da família de Kei Nishikori estava vivo em 1918, só acessando a árvore genealógica da família, já que nem o tenista deve saber. Mas qual o sentido dessa dúvida? Facilmente explicável: na última quinta-feira, Nishikori, 24 anos, se tornou o primeiro japonês desde 1918 a alcançar as semifinais do Aberto dos EUA.

Há 96 anos, Ichiya Kumagae esteve nas semifinais - ele não alcançou a decisão, que foi disputada por dois americanos. Então, se Nishikori alcançar a partida final, quebrará duas marcas: será o primeiro japonês na decisão nos EUA e o primeiro do país asiático em uma final de Grand Slam. Desde 1933, quando Jiri Satoh alcançou as semifinais de Wimbledon, nenhum japonês aparecia entre os quatro melhores em um Slam.

E a vaga veio em uma batalha de quatro horas e 15 minutos contra Stanislas Wawrinka, com parciais de 3-6, 7-5, 7-6(7), 6(5)-7 e 6-4. "Comecei um pouco duro, mas meu jogo estava ok. Durante o jogo, comecei a me sentir mais e mais confiante, especialmente no terceiro set. Não sei como fechei o jogo, mas estou muito feliz", declarou, ainda em quadra, após a vitória.

"Me sinto muito bem, jogando bem. É meu Grand Slam favorito. Espero poder jogar 100% do meu tênis na próxima rodada."

Se quiser chegar à decisão, é provável que tenha que jogar realmente 100%. Ele enfrenta Novak Djokovic, atual número um do mundo, que eliminou Andy Murray também na quarta. O sérvio venceu um jogo com dois tie-breaks, que virou uma maratona de 3 horas e meia, mas que conseguiu sair vitorioso por por 3 sets a 1, com 7-6, 6-7, 6-2 e 6-4.

É válido lembrar que, em maio deste ano, Nishikori se tornou o primeiro japonês na história a entrar no top 10 do ranking da ATP.  Será que ele pode continuar a fazer historia para seu país?

UOL Esporte

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