Comitê Australiano proíbe atletas de visitarem favelas durante a Olimpíada

(Foto: AFP PHOTO / LEON NEAL)


O Comitê Olímpico Australiano não permitirá que os atletas e membros da delegação do país visitem as favelas do Rio de Janeiro durante os Jogos Olímpicos nem mesmo como parte de um tour organizado por agências especializadas. Esta é apenas uma das recomendações de segurança feitas pela entidade para a competição em agosto.

As determinações foram tomadas em uma reunião entre a chefe de missão australiana Kitty Chiller e o especialista em segurança Greg Nanse, que tem mantido contato frequente com a  polícia brasileira e a embaixada em Brasília.

"Certas áreas serão banidas. Não permitiremos que ninguém entre nas favelas. Sei que há tours oficiais, mas estamos adotando este princípio. Ninguém irá. Eu falei recentemente com Greg sobre uma turista (argentina) que foi assassinada na praia de Copaabana", disse Kity Chiller em entrevista ao jornal australiano The Herald Sun.

As mulheres da delegação também serão proibidas de saírem da vila sozinhas e todos andarão com notas de pouco valor de dólar no bolso para entregarem em caso de assaltos. 

"Haverá protocolos. Mulheres não deverão nunca sair da Vila desacompanhadas, não usarem nada que não estejam preparadas para perder e todos sempre deverão ter uma nota de dez dólares no bolso para entregar (para ladrões)", completou.

Na mesma entrevista, ela faliu sobre a epidemia do vírus zika e a possível relação com a microcefalia e disse que as mulheres da delegação poderão decidir se vão querer mesmo viajar ao Rio.

"É uma decisão que pertence totalmente a elas. O que podemos fazer é informar sobre a situação e os riscos. Mas nunca forçaremos ninguém a viajar", afirmou a chefe de missão.

Por causa do zika, o Comitê Olímpico Australiano acertou recentemente um contrato de patrocínio com uma empresa fabricante de repelentes.

UOL Esporte

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