Tocha Olímpica vai apresentar ao mundo alguns dos lugares mais bonitos do Brasil

(Foto: Ministério do Turismo/Ricardo Rollo)


Com a cerimônia de acendimento da chama na cidade grega de Olímpia em 21 de abril, tem início o revezamento da tocha, que começa seu percurso no Brasil em 3 de maio, partindo de Brasília. Em 95 dias serão percorridas 329 cidades, incluindo todas as capitais estaduais, em caminho traçado por mais de 20 mil quilômetros (além de 10 mil milhas aéreas) e envolvendo cerca de 12 mil condutores.Nesta quarta-feira (24), em evento organizado pelo Comitê Rio 2016, foram divulgados o roteiro oficial do revezamento e também o uniforme, com predomínio do branco, usado pela judoca olímpica Érika Miranda.

Da festa, participaram crianças (trazendo placas com os nomes de todas as cidades do percurso), brincantes e pernaltas do Barracão da Poti (grupo do Rio de Janeiro que apresenta danças como reisado), junto com representantes dos patrocinadores oficiais dos Jogos:Bradesco, Coca-Cola e Nissan.

O revezamento da tocha tem sua origem entre os gregos, que mandavam mensageiros pelas cidades-Estado anunciando um período de trégua para possibilitar a viagem de atletas e público até o local das competições Olímpicas. Daí vem o simbolismo de paz e integração dos povos.

No Brasil, além de divulgar os vários aspectos da cultura das cinco regiões do país, a passagem da tocha “aquece” a população para os Jogos Olímpicos Rio 2016, que serão realizados de 5 a 21 de agosto. Dentre os critérios de escolha das cidades para o percurso estão o interesse turístico e a logística.

No Centro-Oeste, natureza peculiar e joia arquitetônica
O revezamento da tocha começa pela região Centro-Oeste. Além do ponto de partida – Brasília, a cidade planejada por Oscar Niemeyer –, há pontos importantes no percurso ainda dentro de Goiás, como Pirenópolis, cidade histórica e recheada de cachoeiras. Vila Propício, onde está a Gruta Azul, fica a cerca de 70 quilômetros: roteiros de ecoturismo estão entre as atrações.

Caldas Novas e sua vizinha Rio Quente formam a maior estância hidrotermal do mundo, com água a 37,5° C e mais de seis milhões de litros jorrando por hora.

Campo Grande e Cuiabá, capitais do Mato Grosso do Sul e do Mato Grosso, são portas de entrada para o Pantanal, uma grande extensão alagada e com fauna e flora peculiares. Ali, os pescadores têm seu paraíso, assim como os observadores de pássaros, fotógrafos... A menos de 100 quilômetros de Cuiabá fica a Chapada dos Guimarães, com suas muitas trilhas a serem exploradas.

Pelo Sudeste, cidades históricas são destaque
A tocha entra por Minas Gerais e Espírito Santo, da região Sudeste, com cidades históricas como  Ouro Preto e Tirandentes, e praias, como Guarapari, e segue para a região Nordeste, onde estão alguns dos pontos turísticos mais conhecidos no Brasil e no Exterior.

No Nordeste, interior e litoral
Além de Salvador, na Bahia, no Maranhão estão as dunas dos Lençóis Maranhenses e no vizinho Piauí a misteriosa Sete Cidades, com sua arte rupestre e formações extraordinárias em pedras com lendas ligadas a extraterrestres. Interior de tradições, com arte e ritmos próprios, mais a exuberância de praias espalhadas pelo litoral de Bahia, Pernambuco, Sergipe, Ceará e Rio Grande do Norte estão na passagem da tocha Olímpica.

Na região Norte, capitais singulares
Lançada a ideia de um teatro levantado em meio à selva, um projeto começa a ganhar corpo em 1881 e Manaus vê a inauguração do luxuoso Teatro Amazonas em 1896, ao lado do mais volumoso rio do planeta, com quase 7 mil quilômetros e mais de mil afluentes... Mais uma vez história e natureza se encontram entre as atrações da região Norte do Brasil. No Pará, o mercado Ver-o-Peso é cartão postal de Belém, que tem no Mangal das Garças outra de suas maravilhas.

No Sul, as incríveis Cataratas do Iguaçu e belezas serranas
Da região Norte, a tocha retorna à Centro-Oeste por Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, e percorre parte da Sudeste, entrando por São Paulo, rumo à região Sul, também de fortes tradições e onde está 

Florianópolis, praias por todo o redor da ilha catarinense.
Mas o Sul também tem paisagens para quem gosta de montanha e um frio para acompanhar os roteiros por cidades produtoras de vinho, como a gaúcha Bento Gonçalves. E se no interior do Rio Grande do Sul há ainda as ruínas da colonização jesuítica em São Miguel das Missões, do século 17, o Paraná comparece com a vista deslumbrante das cataratas de Foz do Iguaçu, que ficam coalhadas de arco-íris.

Florianópolis, a belíssima capital de Santa Catarina; serras gaúchas para quem gosta de vinho, e São Miguel das Missões, também no Rio Grande do Sul, com ruínas do século 17 de construções da Companhia de Jesuítas

No Sudeste, viagem ao passado antes das metrópoles
A última etapa do revezamento da tocha Olímpica tem o retorno do Sul para a região Sudeste, entrando pelo rico interior de São Paulo, suas sedes de fazendas de café de séculos passados, e passando pela capital - uma das maiores cidades do mundo e famosa por seus restaurantes.

O percurso passa pelo litoral norte paulista, um trecho com algumas das mais belas praias do país, volta à região de serras e desce de volta para o Rio de Janeiro, passando pela Baixada Fluminense e chegando à Cidade Maravilhosa, que terá seu revezamento interno da tocha até o acendimento da pira, na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, em 5 de agosto.

Rio 2016

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