Williams se defende de polêmica: "temos dois pilotos nº 1"

Massa foi avisado que Bottas estava mais rápido, mas não cedeu posição Foto: Reuters

Massa foi avisado que Bottas estava mais rápido, mas não cedeu posição

O britânico Lewis Hamilton venceu o Grande Prêmio da Malásia, mas a corrida disputada neste domingo ficou marcada pela polêmica entre o brasileiro Felipe Massa e o finlandês Valtteri Bottas. Após a prova, a Williams negou qualquer tipo de privilégio a um de seus pilotos.

Então sétimo colocado, Massa foi instruído a abrir passagem para Bottas nas voltas finais. De acordo com Rod Nelson, engenheiro-chefe da Williams, caso o finlandês não conseguisse tomar a sexta posição do britânico Jenson Button (McLaren), a antiga ordem seria reestabelecida.

"O Felipe estava correndo com altas temperaturas no motor e ficamos preocupados com isso. Já o Valtteri tinha pneus mais novos que o Jenson. Pensamos que seria bom se o Valtteri tivesse uma chance de passar o Jenson. Se ele não conseguisse isso em duas ou três voltas, teríamos reestabelecido a ordem e todos estariam felizes", afirmou.

Na 53ª volta, pelo rádio, a Williams esclareceu que o finlandês estava mais rápido que Massa, endossando a ultrapassagem. No 54º giro, a equipe repetiu a ordem, mas o brasileiro não cedeu. A conduta da Williams, de acordo com Rod Nelson, não significa que a equipe tenha um preferido.

"Não queremos colocar um piloto acima e outro abaixo. Não temos ordens de equipe a esse respeito. Na Williams, não trabalhamos assim. Não é como em outros times, em que existem um número um e um número dois. Nós temos dois pilotos número 1", afirmou Nelson.

Ofuscado pelo espanhol Fernando Alonso nas últimas temporadas na Ferrari, Felipe Massa, então primeiro colocado, atendeu a ordem da equipe de ceder a posição ao companheiro no Grande Prêmio da Alemanha-2010 - o brasileiro considera o episódio como o pior momento da passagem pela escuderia.

"O fato é que sentimos que o Valtteri tinha boas chances de ultrapassar o Button, porque seus pneus eram mais novos, e que o Felipe estava comprometido. Não é jogo de equipe, mas sim uma decisão estratégica baseada na performance dos dois carros. Vamos discutir a situação com os pilotos", disse o engenheiro-chefe.

Terra

Comentários