Árbitro lamenta pena a clube gaúcho: "esperava mais"

Márcio Chagas da Silva foi a Brasília com Tinga para encontrar presidente Dilma Rousseff Foto: Roberto Stuckert Filho/PR  / Divulgação

Márcio Chagas da Silva foi a Brasília com Tinga para encontrar presidente Dilma Rousseff

O árbitro gaúcho Márcio Chagas da Silva se mostrou insatisfeito com a punição sofrida pelo Esportivo, clube de Bento Gonçalves que disputa o Campeonato Gaúcho, após denúncias de ofensas racistas feitas contra ele por um torcedor. A equipe perdeu cinco mandos de campo e terá que pagar uma multa de R$ 30 mil depois que torcedores xingaram o juiz do jogo contra o Veranópolis de termos como “macaco”, “imundo” e “escória”.

Em declarações divulgadas pelo jornal O Estado de S. Paulo, Márcio diz que “toda a sociedade brasileira esperava uma posição mais forte”. À Zero Hora, por sua vez, o juiz da partida afirma que “era a oportunidade de dar um exemplo contra esses insultos”, além de lembrar que ninguém foi indicado para pagar o conserto de seu carro, amassado pela torcida no jogo em questão. O veículo também foi encontrado com bananas.

Márcio Chagas da Silva não compareceu ao julgamento, já que atendeu ao convite da presidente Dilma Rousseff para um encontro em Brasília – o volante Tinga, do Cruzeiro, que foi alvo de ofensas semelhantes em jogo no Peru pela Copa Libertadores da América, também viajou ao DF. Mesmo assim, não lamentou a ausência no Tribunal de Justiça Desportiva do Rio Grande do Sul (TJD-RS).

“O TJD aceitou minha ausência, minha posição já estava fartamente conhecida. Os auditores tomariam a mesma decisão mesmo na minha frente”, disse, ainda segundo o jornal Zero Hora. Ainda segundo a publicação, o procurador Alberto Franco, que pediu a exclusão do clube no Campeonato Gaúcho, entrará com recurso da decisão.

Terra

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