Dois jogos mostram como Muricy vai escalar o SP na Argentina. Ganso sai

Os últimos cinco dias foram turbulentos para o São Paulo: derrota pesada para o Palmeiras por 3 a 0, Muricy Ramalho cogita deixar o comando do clube, diretoria promete cobrança dura nos jogadores e, neste domingo, vitória sobre o Linense, no Morumbi, com gol de Rogério Ceni. Tudo pouco antes do importante jogo contra o San Lorenzo, na Argentina, pela Copa Libertadores, no qual uma derrota pode complicar o São Paulo na competição. As decisões técnicas para o confronto que vale a tranquilidade no clube, no entanto, já foram tomadas. Os dois últimos jogos mostraram tudo. 

Na quarta-feira, o São Paulo entrou em campo com Alexandre Pato como segundo atacante e Alan Kardec como centroavante. O sistema tático durou 15 minutos, até que Muricy Ramalho sacrificasse o primeiro para recompor a zaga devido à expulsão de Rafael Toloi. Mas mostrou parte do que o treinador pensa como o time ideal. No dia seguinte à derrota, as primeiras informações sobre as mudanças drásticas que o técnico pretende apontam: Muricy quer um time mais leve, e isso necessariamente passa pela saída de Paulo Henrique Ganso. 

No domingo, contra o Linense, o São Paulo começa com o time mais leve: Alexandre Pato, pela primeira vez no São Paulo, joga como último homem do ataque. Já estava combinado, porém, que ele seria substituído por Alan Kardec no intervalo. O centroavante entrou e fez funcionar tudo aquilo que fracassou no primeiro tempo: cavou uma falta para Rogério Ceni fazer o gol, e ainda marcou outros dois. Participou dos três do São Paulo. Se havia alguma expectativa pela volta do lesionado Luis Fabiano, isso não se faz mais necessário. Joga Alan Kardec na Argentina, assim como não joga Ganso. 

Muricy foi claro sobre Ganso, ainda no Morumbi, após a vitória sobre o Linense: "Ainda estou estudando qual a melhor maneira de atuar e todos têm oportunidade. Nosso pensamento é de mudança, o time não está dando resultado e precisa vir algo", falou, quando questionado sobre Ganso. 

E também escalou o ataque, ao ser questionado sobre Pato e Alan Kardec: "Possível. Os dois combinam. Um é segundo atacante. Uma possibilidade seria usar apenas um atacante. Mas deixar só o Pato faria o time ficar sem profundidade. O Kardec é artilheiro, peço para ele sempre entrar na área. Se a gente for lá só para se defender, não aguenta pressão. Uma vitória vai nos deixar perto da classificação, vamos arriscar lá". 

O São Paulo mais rápido, leve, vai se confirmar sem Ganso caso o técnico não tenha nenhum imprevisto nos próximos dois dias de treino. A dúvida fica por conta do resto da formação no meio de campo. Michel Bastos é titular absoluto e ocupará uma das pontas. A tendência é que do outro lado o argentino Ricardo Centurión complete o time. 

UOL Esporte

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