Uma Fórmula 1 só para mulheres? É o que defende o chefão da categoria

(Foto: Reprodução/Instagram)
















Não é novidade que o chefão da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, planeja lucrar com o marketing de ter mulheres correndo na categoria. Porém, enquanto não aparece nenhuma candidata que empolgue as equipes a ponto de se tornar titular, o dirigente encontrou uma saída: quer criar uma versão feminina da categoria, com corridas nos mesmos finais de semana de GP.

"Acho que seria uma boa ideia dar a elas essa oportunidade. Por algum motivo, elas não estão chegando [na F-1] – e não porque não as queremos", disse Ecclestone. "Claro que queremos, porque isso atrairia muita atenção e publicidade e, provavelmente, muitos patrocinadores", acredita Ecclestone.

"Temos de começar por algum lugar então eu sugeri que as equipes tenham um campeonato em separado e talvez dessa maneira nós poderemos conseguir trazer alguém para a F-1. Elas poderiam correr antes do evento principal, ou talvez na classificação de sábado, mas criar um interesse em separado. É só uma ideia no momento, mas acho que seria muito bom para a F-1 e para o final de semana de corrida", defendeu.

A única mulher que deve andar com um Fórmula 1 até o final do ano é Susie Wolff, piloto de desenvolvimento da Williams. A escocesa está confirmada em duas sessões de treinos livres.

Porém, a equipe já demonstrou que não pretende colocá-la em seus carros como titular: quando a participação de Valtteri Bottas no GP da Malásia foi colocada em dúvida devido à lesão nas costas sofrida pelo finlandês, o time logo afirmou que Wolff não fazia parte dos planos.

Além de Wolff, recentemente a Lotus contratou a espanhola Carmen Jorda também como piloto de desenvolvimento. Simona de Silvestro chegou a ser contratada pela Sauber ano passado, mas não conseguiu se manter por falta de patrocínio.

Mulheres na F-1
A última mulher que esteve em uma corrida da categoria foi a italiana Lella Lombardi, que esteve em 12 etapas, entre 1974 e 1976, tendo se classificado para oito provas. Seu melhor resultado foi um sexto lugar. Antes dela, outra italiana, Maria Teresa de Filippis largou em três GPs entre 1958 e 1959 e teve como melhor resultado um 10º lugar.

Outras mulheres participaram apenas da classificação, em épocas nas quais, para chegar ao grid, era necessário passar pela pré-classificação. Foram elas Divina Galica (1976-78), Desiré Wilson (1980) e Giovanna Amati (1992).

Ano passado, Susie Wolff se tornou a primeira mulher em 22 anos a participar de uma sessão oficial de treinos, depois de andar na Williams em Silverstone e Hockenheim. A escocesa participou, inclusive, dos testes de pré-temporada, neste ano.

UOL Esporte

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