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(Foto: Reprodução) |
A LALIGA, responsável pela principal liga de futebol da Espanha, apresentou uma denúncia ao Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR) alertando sobre o papel de grandes empresas de tecnologia na disseminação da fraude audiovisual. No documento, a entidade aponta que plataformas como Google, Cloudflare e X (antigo Twitter) fornecem infraestrutura que favorece a proliferação de serviços piratas, prejudicando a proteção dos direitos autorais.
Segundo a LALIGA, essas empresas oferecem serviços como anonimização, redes de distribuição de conteúdo (CDN), hospedagem e indexação de sites ilegais, permitindo que redes de pirataria prosperem. A entidade destaca que, embora o Special 301 do USTR tenha como foco a análise de políticas de países estrangeiros, é fundamental também considerar a responsabilidade dessas corporações no cenário global.
"Embora este não seja o foco principal desta submissão, é importante destacar o papel significativo que alguns intermediários sediados nos Estados Unidos, como Google, Cloudflare, Coredeluxe e X (anteriormente Twitter), desempenharam como facilitadores essenciais no contínuo crescimento da pirataria ao longo de 2024”, disse a LALIGA.
Anteriormente, a LALIGA já havia expressado sua insatisfação com o Google, especialmente em relação à presença de aplicativos e sites piratas nos resultados de busca e na Google Play Store. A organização espanhola defende que a empresa adote um mecanismo de desindexação global para remover completamente sites e domínios que acumulam um alto número de solicitações de remoção por conteúdo pirateado.
Além das empresas de tecnologia, a LALIGA recomenda a inclusão do Reino Unido e da Alemanha na Priority Watch List do USTR, categoria que reúne países com graves falhas na proteção da propriedade intelectual. A justificativa para essa recomendação está na suposta ligação de sites e serviços piratas a esses territórios.
O USTR analisará a denúncia da LALIGA, juntamente com outras contribuições, para compilar a edição anual do relatório Special 301, que identifica países que demandam atenção especial no combate à pirataria e à violação de direitos autorais.