Renovado, Brasil supera vexame de 2012 e vira favorito na Liga Mundial

Seleção brasileira é uma favorita ao título da Liga Mundial 2013 após fracasso no ano passado

Seleção brasileira é uma favorita ao título da Liga Mundial 2013 após fracasso no ano passado

Um ano depois de fazer feio na Liga Mundial de 2012, a seleção brasileira reverteu completamente o cenário. Se no ano passado a equipe comandada por Bernardinho ficou fora das semifinais do torneio, em 2013 avançou com a melhor campanha para a fase final e estreia no momento decisivo, nesta quarta-feira, como favorito ao título. Para dar um passo a mais na busca pelo decampeonato, o Brasil duela às 17h30 contra a Rússia, no ginásio Islas Mavinas, em Mar del Plata, na Argentina, em duelo válido pelo Grupo E da competição, que conta ainda com o Canadá. 

No ano passado, o sufoco foi grande até para chegar à fase final. O Brasil dependeu de uma combinação de resultados na última rodada da fase de grupos para conseguir se classificar. A situação atrasou todo o planejamento e fez o time enfrentar uma longa viagem para chegar até Sofia, na Bulgária. O sexto lugar foi o pior resultado da Era Bernardinho na seleção, que começou em 2001. 

A superação do vexame de 2012 passa especialmente por uma renovação feita nos jogadores da equipe. Depois da medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Londres, em uma derrota justamente para os russos, a base do time foi mudada para a Liga. Rodrigão, Escadinha, Ricardinho, Giba se aposentaram da seleção. Murilo, outro veterano, fez uma cirurgia no ombro e ficou fora também. 

A saída dos renomados atletas abriu espaço para jovens despontarem e ganharem seus espaços. Entre eles, destaca-se o ponta Lucarelli, que rapidamente virou titular de Bernardinho e é um dos destaques até aqui - figura na lista dos maiores pontuadores do torneio, com 126 acertos até aqui, o principal do Brasil até o momento.

"A equipe chega bem. Claro que tivemos altos e baixos naturais de mudanças, de testes, mas chega para essa fase leve, com um astral bacana, e as vitórias nos deram essa confiança. Mas é óbvio que estamos em uma final, onde estão as equipes mais fortes. Uma estreia contra a Rússia nem precisa falar muito. Gera uma ansiedade natural também pela disputa de vaga", afirmou o técnico Bernardinho.

Além de Lucarelli, nomes como o do central Éder, dos pontas Maurício e Lipe, do oposto Wallace também merecem destaque. O levantador William Arjona, já experiente, teve sua primeira chance na seleção e assumiu a vaga deixada por Ricardinho. Deu conta do recado e conquistou a confiança do técnico, com quem teve problemas no ano passado, ao recusar uma convocação. O líbero Mário Junior é 'novo-velho'. Virou titular com a saída de Escadinha, do qual era reserva imediato. Ele, aliás, jogou o Mundial de 2010, quando o titular estava lesionado. 

Da equipe que foi a Londres, o meio de rede Sidão também não está no atual elenco, já que se recupera de uma cirurgia no quadril. Éder ocupou o posto de titular e abriu uma vaga entre os reservas. O jovem Isac será o único da posição disponível no banco, já que Mauricio Souza teve de ser cortado já na Argentina devido a uma regra de última hora da Federação Internacional (FIVB), que obriga as seleções a terem dois líberos entre os 14 inscritos na fase final. Assim, Alan foi chamado às pressas. 

UOL Esporte

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