Brigas de torcedores em Portuguesa x Coritiba têm pelo menos seis detidos

Empate por 0 a 0 entre Portuguesa e Coritiba teve conflito entre as torcidas neste sábado, no Canindé

 

Confrontos entre torcedores marcaram os momentos anteriores à partida entre Portuguesa e Coritiba, válida pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro. O jogo, marcado para a noite deste sábado no Estádio do Canindé (São Paulo), foi precedido por conflitos entre os dois lados, e envolveu também policiais. Pelo menos seis torcedores foram detidos.

Por volta das 15h, integrantes de uma organizada da Portuguesa teriam interceptado um ônibus da delegação paranaense na entrada do estádio e atacado representantes do time visitante – pelo menos dois deles teriam se ferido. Ninguém foi detido.

Mais tarde, por volta das 18h, brigas envolvendo representantes de uma torcida organizada do Coritiba se envolveram em brigas em diferentes pontos do estádio. Segundo integrantes do grupo, dois torcedores – um deles alcoolizado –se desentenderam, mas foram rapidamente separados pelo grupo que os acompanhava. No entanto, o presidente da torcida, Reimackler Graboski, teria sido apanhado pelo policiamento e agredido, deixando o local inconsciente.

“Eram duas pessoas brigando internamente. O presidente da organizada foi separado e detido, aí saiu desmaiado”, assegurou um dos torcedores do Coritiba na entrada de visitantes, que se identificou como Luiz Eduardo Rodrigues Neto, jornalista. Posteriormente, em um desentendimento com os policiais, o próprio torcedor foi detido e encaminhado para o Posto de Comando da Polícia Militar no Estádio do Canindé.

A policial militar confirmou que seis torcedores do Coritiba foram detidos, sendo três deles encaminhados para distritos policiais nos arredores do estádio. No entanto, segundo o Capitão Razuk, um dos responsáveis pelo policiamento na partida, não houve torcedores inconscientes nos conflitos antes da partida diante da Portuguesa.

“Todos tentaram pular o porte de arma (procedimento na entrada do estádio que averigua se algum torcedor carrega arma de fogo ou arma branca para as arquibancadas) dentro do estádio. A detenção aconteceu porque um deles tentou agredir um dos nossos policiais. Outro também atirou uma garrafa”, explicou o capitão, da divisão de praças esportivas da PM.

Razuk não confirmou se o torcedor que se envolveu em uma das brigas era presidente da organizada, afirmando tratar-se apenas de “um membro da diretoria”. Em conversa anterior com integrantes da facção, afirmou que “todos os (torcedores) que estavam aqui estavam envolvidos”, e assegurou que “quem foi ferido, foi socorrido”.

Enquanto parte da organizada do Coritiba resistia nas escadas de acesso para o setor visitante do Estádio do Canindé, o capitão Razuk conversava com demais integrantes da torcida. Um deles tentava obter informações dos colegas feridos e detidos, além de organizar a movimentação para a saída do grupo após o jogo na noite deste sábado.

Mais briga no intervalo

Terminado o primeiro tempo sem gols da partida, a torcida do Coritiba passou a provocar a torcida da Portuguesa com gritos de "vem pra porrada, vem". Quando um dos torcedores tentou forçar o portão que separava os dois lados, os policiais que ocupavam o espaço entre os grupos dos times rivais entrou em confronto com os paranaenses. De longe, os fanáticos do time paulista provocavam com gritos e palavras de ordem.

Terra

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