COI vê clima em Sochi similar a pós-11/9 e cita "trégua" por leis antigay

Thomas Bach é presidente do Comitê Olímpico Internacional Foto: Reuters

Thomas Bach é presidente do Comitê Olímpico Internacional

O presidente do COI, Thomas Bach, mostrou otimismo nesta segunda-feira, em sua primeira entrevista coletiva em Sochi (Rússia), cidade-sede da Olimpíada de Inverno de 2014. Diante das ameaças recentes de atentados terroristas durante a Olimpíada de Inverno, ele lembrou que o evento é tão visado quanto outros grandes acontecimentos. Porém, disse que o COI conta com o apoio das autoridades para garantir a chamada "atmosfera olímpica".

"Nesse sentido, as Olimpíadas não são diferentes de qualquer grande evento. Tais eventos estão sob ameaça. Mas não tínhamos alternativas (à realização em Sochi), ou nos renderíamos aos terroristas", disse.

A coletiva de Bach aconteceu horas após um ataque a tiros em uma escola de Moscou que terminou com dois mortos. Em dezembro, dois ataques a bomba na cidade de Volgogrado terminaram dom pelo menos 30 mortos.

O cenário fez com que Bach comparasse a Olimpíada de Sochi à de Salt Lake City, em 2002, realizadas poucos meses depois dos ataques terroristas de 11 de Setembro.

"É um cenário de apreensão grande. Em 2002, após o 11 de Setembro, tivemos os Jogos de Salt Lake City. Era uma segurança grande e pudemos aproveitar a atmosfera olímpica. O mesmo acontecerá aqui", completou.

Bach também foi questionado a respeito do debate promovido pela chamada "lei antipropaganda gay" na Rússia. "O COI trabalha de maneira clara. Somos contra qualquer tipo de discriminação: gênero, cor, crença, opção sexual. Tivemos questões a respeito desse assunto com a presidência da Rússia na candidatura dos Jogos Olímpicos", disse.

Segundo as declarações do presidente do COI, há uma trégua com as autoridades russas a respeito do assunto durante o período olímpico. Diante da intransigência local com o que chama de "comportamento não tradicional", o COI mantém postura firme no discurso.

"Isso (lei russa) não afeta o que claramente defendemos no COI. Estou aberto à discussão. Isso não muda o procedimento do COI. Somos contra qualquer tipo de discriminação - opção sexual, gênero, crença ou qualquer coisa", reforçou.

Terra

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