Organização do evento faz balanço positivo do Brasil Open

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Depois de tantas críticas dos tenistas e do público no ano passado, o Brasil Open promoveu mudanças em três quesitos: quadras, bolas e ingressos. Para o diretor executivo do torneio, Paulo Pereira, o resultado foi bastante positivo em todos eles. "A mudança mais importante foi construir as quadras de uma maneira mais confiável, proporcionar ao jogador a certeza de que ele iria jogar em quadras muito boas", avaliou.

E os tenistas parecem estar de acordo com a organização. "As pessoas se queixavam das quadras, mas este ano melhorou muito. Está muito boa", comentou o espanhol Guillermo García-Lopez, campeão nas duplas ao lado do austríaco Philipp Oswald. O alemão Tommy Haas também teceu elogios às condições encontradas em São Paulo. "Eu não tenho motivos para reclamar do torneio. Foi muito bom."

O diretor, que trabalhou por 32 anos na Associação dos Tenistas Profissionais (ATP), já faz planos para a próxima edição e acredita que uma terceira quadra é fundamental para auxiliar na logística de treinos dos jogadores. "Com duas quadras fica mais difícil. É sempre um transtorno ter as quadras de treino ''fora'' de onde os jogos são disputados, mesmo que 99% dos jogadores tenham ido a pé (ao Círculo Militar) para aquecer ou treinar."

Pensando no conforto do público e tentando tornar o evento um programa familiar, Pereira menciona a melhora na sensação térmica com a climatização do ginásio do Ibirapuera. "O climatizador foi bem visto. Nunca vai ser um ar-condicionado, mas a gente sabia desde o começo. Faria de novo, teve um bom resultado." Ele também enalteceu a construção do miniestádio coberto, utilizado como quadra 1.

O público também contou com ingressos numerados neste ano. Apesar de o ginásio não ter sido ocupado em sua capacidade máxima de 8.500 pessoas em nenhum dia, essa medida deixou o controle dos funcionários mais fácil e o deslocamento organizado. Para as semifinais, que tiveram a eliminação do brasileiro Thomaz Bellucci e o abandono de Haas, 5 mil pessoas compareceram ao evento no último sábado.

Outro ponto de destaque levantado pela organização foi a adoção da bola Wilson Australian Open. Para Pereira, a mudança foi um passo fundamental para a satisfação dos tenistas, como a do veterano Haas, de 35 anos. "Sabia que aqui tinha muita altitude, estava um pouco preocupado com isso. Mas soube que trocaram a bola do ano passado e esta bola que estão usando é muito boa", disse o alemão.

Satisfeito com o retorno, Pereira classificou um relatório apresentado pelo supervisor da ATP elogiando as melhorias apresentadas pelo Brasil Open neste ano como "gratificante". "A gente deu um passo muito grande para recuperar a credibilidade do torneio", afirmou.

Ele também reconhece que a evolução pode ajudar a impulsionar uma mudança na data do torneio. A ATP divulgou o calendário de 2015 com o período da disputa brasileira indefinido, e a organização pleiteia assumir a segunda semana de fevereiro, ocupada hoje por Buenos Aires.

Estadão

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