Qual a diferença para Fifa entre os naturalizados Diego Costa e Fernando?


Diego Costa recebe cartão amarelo por demorar para cobrar pênalti

 

Diego Costa foi convocado por Felipão, entrou em campo e depois foi convocado por Vicente Del Bosque e jogou pela seleção da Espanha. A Fifa permitiu. Porém, o volante Fernando, do Porto, jamais foi lembrado pelo time principal do Brasil, tem nacionalidade portuguesa mas foi vetado pela entidade máxima do futebol e não pode defender a seleção do país onde mora atualmente. Qual a diferença entre os dois casos?

A Fifa diz que um jogador só pode defender um país em jogos oficiais pela seleção principal. Não são considerados neste caso nem amistosos nem jogos pelas categorias de base (times olímpicos, sub-20 ou sub-17).

Porém, há um artigo na legislação que cria um impedimento: caso o atleta jogue nas categorias de base sem ter nenhum tipo de dupla nacionalidade ele não pode trocar de país quando se torna profissional.

Foi o que impediu Fernando de jogar por Portugal. O volante era capitão do time sub-20 do Brasil quando era apenas brasileiro (e chamou atenção do futebol português). Ele conquistou o passaporte europeu depois disso.

O atacante Marcelo Moreno, por exemplo, chegou a jogar pelo Brasil nas seleções de base, mas o camisa 18 do Cruzeiro é nascido na Bolívia e tinha dupla cidadania desde jovem. Quando profissional, ele se tornou jogador boliviano e a Fifa permitiu.

Já Diego Costa jogou pelo Brasil em duas partidas amistosas e nunca atuou por seleções de base. Adquiriu a nacionalidade espanhola recentemente e ficou disponível para defender La Roja. Neste caso, não havia nenhum impedimento na atual regulamentação da Fifa.

Outro que foi ventilado como jogador da seleção espanhola, o lateral esquerdo Filipe Luis não pode mais mudar de país pois disputou a Copa das Confederações (torneio oficial) pelo Brasil.

No caso do volante Jorginho e o lateral direito Rômulo eles podem defender a seleção italiana sem impedimentos pois não têm histórico em seleções de base e nunca disputaram um jogo oficial pelo Brasil.

UOL Esporte

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É nesse ponto que mais uma vez a CBF peca com os jogadores que atuam fora do país e acabam por adquirir a dupla nacionalidade. O caso mais recente, que não deu tanto o que falar como o Fernando, foi o do jogador Diego Costa, citado na matéria. O atleta, por sua vez, preferiu a Espanha para defender, como o  técnico depois o convocou. A Confederação até tenta ir atrás desses jogadores e atraí-los de novo a seleção, mas o trabalho é ruim e mal feito.

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