Ecclestone culpa democracia pela dificuldade de fazer a Fórmula 1 atrativa

Desde 1970 no comando da Fórmula 1, Bernie Ecclestone admitiu estar desanimado com a fase atual da categoria e apontou a democracia como uma das razões para a dificuldade em transformá-la em algo mais atrativo para os fãs.

"O problema é que a F1 de hoje é como uma democracia e sou um pouco contra a democracia. O difícil é conseguir que todos estejam de acordo. Se chegássemos a um acordo com a FIA (Federação Internacional do Automóvel), poderíamos fazer o que achamos que é correto, que é como deveria ser", afirmou Ecclestone, em entrevista à "Movistar" da Espanha.

Questionado sobre a grande influência da tecnologia nas corridas, Ecclestone se mostrou bastante incomodado. "Não deveria ser assim. Deveria ser um campeonato de pilotos. Quando as luzes se apagam, os pilotos teriam que pilotar. O legal é que os pilotos não gostam (da influência tecnológica). Eles querem estar no comando."

Desde 2014, a Fórmula 1 utiliza os motores V6 turbo, menos potentes que os antigos V8. A mudança foi vista como algo ruim por Ecclestone. "A primeira coisa que mudaria seria nunca ter aceitado esse motor. A segunda é que Fórmula 1 se tornou muito precisa. Não faça isso, não faça aquilo. Imagina o piloto que luta para ser quarto no grid e por trocar a caixa de câmbio ou o motor tem que perder 10 posições. Em minha opinião, isso está mal".

Para o futuro, Ecclestone acredita que o circuito de Monza deverá deixar o calendário da Fórmula 1, "fizemos um acordo há dois anos e eles esqueceram", e que quando deixar o comando da categoria, "muita gente ficará feliz e aliviada".

UOL Esporte

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