Argentinos admitem sacrifício para ataque superpoderoso brilhar

Capitão argentino, Javier Mascherano grita para orientar os companheiros















 Foto: Getty Images

Único marcador do meio-campo, Mascherano não se importa com sacrifício para respaldar Messi, Tevez e Higuaín

Atuando com três atacantes e apenas um meio-campista de contenção nos dois jogos da Copa do Mundo da África do Sul, a Argentina tem apresentado um futebol ofensivo e insinuante. Mas a defesa não transmite segurança e em alguns momentos parece sobrecarregada pela falta de homens de marcação.

Apesar deste claro desequilíbrio em campo, os defensores dizem que aceitam o sacrifício de se desdobrarem no trabalho sujo para que Lionel Messi, Carlos Tevez e Gonzalo Higuaín brilhem no ataque que já marcou cinco gols no Mundial - contando o tento de Gabriel Heinze. Mesmo que a opção signifique mais emoções para o torcedor argentino.

"Hoje a Argentina está colocando muito gente no ataque e somos muito perigosos assim. O que as pessoas têm que pensar é que essa postura ofensiva é um benefício para nós. Se colocarmos quatro ou cinco no ataque, os rivais têm que defender com mais", disse o volante Javier Mascherano, único meio-campista da seleção que é um marcador nato.

Na mesma linha, o zagueiro Walter Samuel enxerga uma qualidade nos atacantes argentinos que contribui para ser viável a utilização de mais jogadores ofensivos na equipe.

"Temos um ponto a favor que é a disposição de todos em defender. Recuperamos a bola rápido. Isso dá mais segurança para nós que jogamos na defesa", analisou.

Apesar do apoio à tática ofensiva do técnico Diego Maradona, os dois defensores argentinos se esquivaram sobre uma possível mudança tática a partir das oitavas de final. O temor é que, contra uma equipe de maior qualidade ofensiva, a falta de um sistema de marcação eficiente possa levar a Argentina à eliminação.

"Isso vai depender do técnico. É o técnico quem desenha a tática e a coloca em prática. Nós não vamos interferir nisso", disse Mascherano.

A Argentina venceu a Nigéria por 1 a 0 na estreia, mas deu 20 chutes a gol. O bombardeio se repetiu contra a Coreia do Sul (22 chutes) e o placar final foi de 4 a 1.

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