Mosley acusa Red Bull de abuso nos gastos e quebra de acordo

Christian Horner, chefe da Red Bull Racing, exibe pôster que comemora o título no Mundial de Construtores de 2010. Foto: Getty Images

A equipe venceu com Vettel no campeonato de pilotos e foi a melhor escuderia em 2010

O ex-presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) Max Mosley questionou os gastos da Red Bull. O inglês suspeita que a equipe austríaca tenha descumprido o Acordo de Restrição de Gastos imposto pela Fota (Associação dos Times da F-1), em uma entrevista à revista alemã Auto Motor und Sport.

Segundo Mosley, na última reunião das equipes, a Red Bull Racing teria pedido para que os outros times abrissem uma exceção ao acordo. "Se isso for verdade, só pode significar que eles gastaram mais do que era permitido, e agora eles estão pedindo o aval dos outros times. Estou interessado em saber como os oponentes irão reagir", afirmou.

Durante o seu último ano à frente da FIA, em 2009, Mosley defendeu um teto orçamentário na Fórmula 1, mas a medida não foi estabelecida, uma vez que provocou uma divisão entre as equipes. Para resolver o impasse, foi assinado um acordo, no qual o inglês se comprometia a não concorrer à reeleição em troca de um plano de redução de gastos na categoria.

Insatisfeito com o acordo de gastos da Fota, Mosley criticou a medida, já que esta não estabelece um limite orçamentário, sua ideia inicial. "Darei um exemplo: as equipes estão limitadas em um certo número de empregados, vamos dizer 100. Se eu ando pelo paddock com muito dinheiro, eu contrato as melhores 100 pessoas. Então, você ainda não tem chance contra as equipes ricas. A única coisa que funciona é um limite orçamentário. O maior orçamento vai ter o melhor motor", concluiu o inglês.

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