Em visita a lar espírita, Santos quebra própria cartilha

No vestiário do Santos, altar reúne imagens religiosas para a prece dos jogadores Foto: Samir Carvalho/Especial para Terra

Vestiário do Santos possui altar repleto de imagens, mas jogadores não devem manifestar crença religiosa

A visita ao lar espírita Mensageiros da Luz ainda está gerando polêmica no Santos. Principais jogadores da equipe - como Robinho, Neymar e Paulo Henrique Ganso - não entraram na casa de caridade e disseram nesta sexta-feira que tomaram tal atitude por questões religiosas.

Apesar de os jogadores do Santos estarem sofrendo repreensão por não terem entrado no lar espírita, por outro lado, a direção santista quebrou o manual de conduta do próprio clube que é entregue aos atletas. A "cartilha" proíbe manifestações religiosas, inclusive, em eventos públicos.

"Evitar mensagens religiosas em comemorações, entrevistas coletivas e eventos públicos do clube", diz a cartilha no item manual de condutas.

A revelação de que há a proibição de mensagens religiosas na cartilha foi feita pelo próprio presidente do clube, Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro. Na ocasião o tema gerou polêmica: especulou-se no clube que o item teria sido colocado para vetar as pregações do volante Roberto Brum, evangélico declarado no meio do futebol.

O volante e o próprio presidente chegaram a participar juntos de um programa de rádio para esclarecer o assunto. Por coincidência, Roberto Brum não compareceu nenhuma vez neste ano para conceder entrevista coletiva no CT Rei Pelé. Apesar de não estar atuando como titular, o jogador já chegou a ser capitão do time nesta temporada.

Outra questão que teria chateado os atletas antes da saída para o lar espírita pode envolver o meia-atacante Madson. O jogador, que tem bom relacionamento com o elenco santista, foi proibido de participar do treino porque chegou atrasado e foi advertido pelo técnico Dorival Júnior

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