Com dupla de reforços, Corinthians amplia loteamento do elenco

Sanchez aproveitou para deixar uma ponta de esperança aos corintianos, e disse que Cristian enfrenta problemas em sua adaptação à Turquia. Foto: Ivan Pacheco/Terra

Sob comando de Andrés Sanchez, Corinthians se acostumou a lotear direitos de seus jogadores

William, do Figueirense, já está confirmado no Corinthians. Manoel, do Atlético-PR, também definirá os detalhes de sua transferência nos próximos dias. Em comum de dois dos três reforços que os dirigentes corintianos dão como certos está a participação do BMG, que assim irá ampliar ainda mais o seu expressivo domínio nos direitos econômicos de jogadores do clube.

A aproximação entre Corinthians e BMG teve início na janela de transferências para a temporada 2010. Sem recursos, o clube se valeu dos investidores para contar com Moacir, Leandro Castan e, posteriormente, o volante Paulinho, todos indicações de Mano Menezes. Meses depois, os corintianos fizeram caixa com as vendas dos direitos econômicos de vários nomes do elenco (Dentinho, Elias, William Moraes, Ralf e outros das categorias de base).

Para reforçar seu elenco da temporada 2011, o Corinthians novamente recorreu a fundos de investimentos após gastar mais do que devia e ficar de bolso vazio. A contratação de Manoel exige um esforço financeiro muito maior, o que colocou o Grupo Sonda na negociação. Estes já possuem direitos de Bruno César, Dentinho e do zagueiro Renato, emprestado ao Figueirense, além de Fabrício, meia dos juniores.

Utilizar fundos de investidores é um argumento muito comum utilizado pela administração atual do Corinthians. O primeiro negócio do gênero se deu com Jô, em 2008, quando o clube repassou ao empresário Giuliano Bertolucci a sua fatia de direito por ser a equipe formadora. Meses depois, o atleta foi comprado pelo Manchester City por um valor muito acima do que os corintianos haviam negociado.

A oposição de Andrés Sanchez protestou, mas no mesmo ano o Corinthians também se tornou parceiro do Grupo Sonda, que apagou uma crise comprando direitos de Dentinho, Renato e André Santos de uma vez. Cabe recordar que o BMG também é parceiro dos dois rivais corintianos: ao Palmeiras, realizou uma série de empréstimos ao longo do último ano. Já com o São Paulo, o banco fechou a principal cota de patrocínio do uniforme por valores que superam a casa dos R$ 20 milhões por ano.

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