Eliminada, "gordinha" queniana conquista simpatia dos japoneses

A levantadora Rodah Lyali, do Quênia, chamou a atenção de todos no Mundial de Vôlei Feminino por sua baixa estatura e por sua forma física. Foto: Celso Paiva/Terra

Lyali chamou a atenção de todos no Mundial de Vôlei Feminino

Em um Mundial, onde a alta estatura e a força do ataque tem contado como ponto chave para algumas partidas, uma seleção e uma jogadora chamaram atenção exatamente por fugir dos estereótipos. Formada apenas por atletas amadoras, a equipe do Quênia foi uma das grandes atrações na cidade de Hamamatsu, mesmo sem sair com uma vitória sequer da competição.

Dentro deste time, a levantadora Rodah Lyali foi uma das que mais conquistou a simpatia do público japonês. Mais velha e mais baixa do selecionado africano, ela mostrou muito esforço em quadra no duelo contra a seleção holandesa, única partida em que jogou no Mundial Feminino de Vôlei.

"Tive um filho há um ano e ainda estou sofrendo para entrar em forma. Consegui emagrecer 10 kg correndo, mas ainda sinto dores no joelho por estar meio gordinha", afirmou Lyali, que após as partidas é chamada com frequência para tirar fotos com torcedores nas arquibancadas.

A queniana, que tem como trabalho principal a função de recepcionista em uma petroleira no país africano, disse que só começaram a treinar para o torneio há três meses. "Mas treinar forte somente há um mês. No nosso país, o vôlei não tem muito espaço. Eles dão mais atenção para o futebol e o atletismo".

Lyali disse que a experiência vivida de enfrentar equipes como a Seleção Brasileira e a Itália ficarão para sempre na memória das jogadoras. "Queríamos pelo menos uma vitória, mas o mais importante é que conquistamos experiência para melhorar nosso jogo. Enfrentar equipes como o Brasil foi muito importante para a gente crescer. Voltaremos para o país com uma grande melhora no nosso jogo".

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