Olimpíada e medo de solidão fizeram santista recusar 6 propostas para ficar

(Foto: Divulgação/Santos FC)
 
 
O volante Thiago Maia renovou contrato com o Santos na última terça-feira e surpreendeu a todos – dirigentes santistas e até seus agentes. A permanência do jogador já era considerada impossível para a cúpula alvinegra.
 
No entanto, o desejo do jogador em disputar os Jogos Olímpicos no Brasil no próximo ano, além do receio de ficar afastado do futebol por até quatro meses, fizeram o atleta rejeitar seis propostas (quatro da Europa e duas do Brasil) e renovar com o Santos por mais quatro anos.
Explica-se: Thiago Maia estava de "malas prontas" para a Europa. Atlético de Madri, da Espanha, Monaco, da França, Juventus, da Itália, e Arsenal, da Inglaterra, fizeram propostas. Mas em todas elas, o santista só poderia se transferir em agosto de 2016, quando abre a principal janela de transferências do futebol internacional.
Como o contrato de Maia com o Santos termina em fevereiro, os representantes do atleta, Juan Figer e Alexis Malavolta, alertaram o jogador sobre o período em que ele ficaria sem jogar. Os agentes até sugeriram uma renovação de seis meses ao Santos para resolver o problema, mas sem sucesso.
 
Thiago Maia ressaltou que pretende disputar os Jogos Olímpicos e, como ficaria esquecido nesse período, não teria nenhuma chance de ser lembrado por Dunga na seleção brasileira.
O volante ainda não teve coragem de trocar o Santos por outro clube brasileiro. Flamengo e Palmeiras eram os pretendentes e, inclusive, fizeram propostas superiores à do Santos.
 
Contrato exclusivo e risco de prejuízo ao Santos
Thiago Maia ganhou do Santos uma espécie de contrato exclusivo. Nenhum outro jogador revelado pelo clube e que integra o elenco profissional recebeu tantas vantagens.
O volante terá um dos maiores salários do elenco, superando até o do artilheiro Ricardo Oliveira, e recebeu luvas milionárias do clube paulista. Poucos dias antes da renovação com o Santos, ele recusou uma proposta de R$ 200 mil mensais de salário e luvas de R$ 5 milhões de um clube brasileiro. A oferta chegou por intermédio de um empresário. 
Além disso, o Santos cedeu a Thiago Maia 30% do montante total em uma futura venda em contrato e ainda assumiu os riscos de um imbróglio envolvendo o jogador e um grupo de empresários ligados à antiga diretoria do clube paulista.
Com isso, o Santos pode perder mais de 50% dos direitos econômicos do jogador na soma total, já que os 28% dos direitos econômicos que o volante alega ter perdido para um grupo de empresários, agora, é problema do clube.
O clube paulista brigará com os empresários na Justiça para recuperar os 28%. O novo contrato, inclusive, já especifica que o Santos ficou com 72% dos direitos econômicos. Se perder a briga judicial, a diretoria santista terá direito apenas a 42% do valor total de uma futura transação envolvendo Thiago Maia.

UOL Esporte

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