Atacante da seleção não quer convocação do "nada italiano" Amauri

Em meio a tantos atletas da seleção da Itália que preferem se calar quanto à possibilidade de Amauri ser chamado por Marcello Lippi, Giampaolo Pazzini é uma exceção. De volta ao grupo da seleção, o atacante da Sampdoria é contrário à convocação do colega da Juventus porque este "não é nada italiano".

Em boa fase desde que se transferiu à Sampdoria em janeiro passado, Pazzini é atualmente o vice-artilheiro do Campeonato Italiano com sete gols e foi lembrado por Lippi para os amistosos contra Holanda, que terminou em empate no último domingo, e Suécia, a ser jogado na próxima quarta-feira.

Não se preocupando com eventuais polêmicas, ele deu uma opinião forte sobre Amauri, que está prestes a obter a cidadania italiana. "Neste momento não me sinto em uma disputa com Amauri, porque eu sou italiano e ele, brasileiro. Confesso que essa situação me irrita um pouco. Entendo se alguém é meio italiano e meio brasileiro, mas é outra história se não é nada italiano", comentou.

Atualmente, há um jogador nascido em solo estrangeiro que defende os atuais campeões do mundo, o meia Mauro Camoranesi, oriundo da Argentina, porém bisneto de um italiano. Amauri, que já foi elogiado publicamente por Lippi, tem direito à cidadania porque sua esposa é neta de um imigrante do país.

Polêmica, a possibilidade de se convocar o atacante da Juventus já foi criticada neste ano por Gennaro Gattuso e Luca Toni, que não vem fazendo parte do elenco, e defendida por Fabio Cannavaro.

Após as declarações de Pazzini, o presidente da federação de futebol do país, Giancarlo Abete, novamente defendeu o brasileiro. "Hoje o parâmetro de referência é a cidadania. Um jogador, se for cidadão italiano, tem todo o direito de ser chamado pela seleção. Não queremos perder a nossa identidade, mas não queremos também descriminar ninguém", avisou.

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