Dirigentes celebram fórmula que recolocou Vasco na Série A

Na expectativa de comemorar hoje o título da Série B, a diretoria festeja o sucesso do novo modelo de gestão do futebol do Vasco, que passou por mudanças radicais neste ano. A primeira delas aconteceu em janeiro, quando José Hamilton Mandarino assumiu a vice-presidência de futebol. Ele contratou o técnico Dorival Júnior e o diretor-executivo Rodrigo Caetano.

"Chamei um técnico sério, comprometido e busquei um profissional para se ocupar 24 horas do futebol. Isso foi determinante. Hoje, as pessoas sabem a quem se reportar no clube", analisa Mandarino.

Apesar de estar fora do modelo institucional, a parceria com o empresário Carlos Leite foi elogiada. "Ele desfez uma negociação que era lesiva ao clube (a transferência de Souza ao exterior), e se dispôs a ajudar, até financeiramente", admitiu Mandarino, que espera seguir com a parceria em 2010.

O diretor-executivo Rodrigo Caetano também aprova o modelo implantado. "Hoje, o presidente é apenas presidente, não mais vice de futebol. Cada um executa uma função. Fizemos algumas melhorias na base e na estrutura física. O Vasco proporcionou a seus atletas situações de Série A. Mas ainda há muito o que fazer", explicou Caetano, que elegeu o orçamento do futebol como prioridade: "Se eu tiver R$ 800 mil de folha, vou respeitar".

Se o futebol esbanja profissionalismo, a administração do clube é caótica. Enquanto os salários dos jogadores estão em dia, os funcionários convivem com atrasos constantes e já fizeram até greve. No Colégio Vasco da Gama, faltam professores, e o cardápio dos alunos é baseado em arroz, feijão e salsicha. No esporte amador, a realidade é alarmante. Os principais remadores foram para o Flamengo. Já judô, caratê, taekwondo, boxe e handebol foram extintos no ano em que o clube recebeu verba para esportes olímpicos da Eletrobrás.

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