Com atuação decisiva de Nilmar, a Seleção Brasileira jogou o suficiente para vencer a Inglaterra no amistoso deste sábado por 1 a 0 no Khalifa Stadium, em Doha, no Catar. O atacante marcou o gol da vitória e sofreu um pênalti, desperdiçado por Luís Fabiano.
O jogo no país do Oriente Médio, que aproveitou a ocasião para mostrar seu plano ambicioso de receber a Copa do Mundo de 2022, fez aumentar a supremacia brasileira diante do adversário. Em 23 partidas na história, são 11 vitórias, nove empates e apenas três derrotas.
O técnico Dunga manteve ainda a invencibilidade contra campeões do mundo. Em 11 confrontos contra Inglaterra, Itália, Argentina e Uruguai, foram oito vitórias e três empates. Desde que assumiu, em agosto de 2006, ele só não enfrentou Alemanha e França.
O Brasil encerra a participação na temporada nesta terça-feira contra Omã, em Mascate. Em 2010, a equipe tem apenas mais um teste, no mês de março, antes da Copa do Mundo da África do Sul, que acontece em junho.
Para o duelo contra os ingleses, Dunga apostou em Elano no meio campo. E as principais jogadas brasileiras saíram dos pés do jogador. A alta e forte defesa inglesa passou pouco perigo no primeiro tempo. O goleiro Foster mostou segurança quando exigido em chutes de Felipe Melo e Kaká.
O time britânico percebeu os espaços deixados pelo lateral esquerdo Michel Bastos e criou suas poucas jogadas por aquele setor. Mas a pontaria não estava calibrada e Júlio César passou o primeiro tempo sem fazer uma única defesa. O capitão Rooney, isolado, pouco apareceu.
A torcida, que fez muita festa antes do jogo nas "fun zones" do lado de fora do estádio, e viu um belo espetáculo de luzes dentro dele antes de a bola rolar, esfriou junto com o nível do clássico. Dunga e Fabio Capello não mexeram nos times no intervalo. Logo no primeiro minuto da segunda etapa, o Brasil chegou ao gol no melhor estilo inglês. Bola levantada por Elano na área e desvio preciso de Nilmar com a cabeça.
Os europeus saíram para o jogo e deixaram a defesa desprotegida. Em lance de oportunismo, Nilmar aproveitou erro de Brown e foi derrupado por Foster na área, em pênalti marcado para o Brasil. No entanto, Luís Fabiano bateu por cima do gol e perdeu a chance de ampliar a vantagem.
Já aos 33min, em ritmo de treino e após algumas alterações de ambos os lados, o time verde e amarelo por pouco não marcou o segundo, em lance do zagueiro Lúcio. Sem marcação, o jogador deixou a defesa, chegou ao ataque com liberdade e bateu forte com a perna esquerda, parando na trave inglesa.
FICHA TÉCNICA
Brasil 1 x 0 Inglaterra
Gols
Brasil: Nilmar, a 1min do 2º tempo
Polêmicas de arbitragem
- Reclamação dos brasileiros no lance do pênalti sofrido por Nilmar aos 10min do segundo tempo. No lance, os atletas do time verde e amarelo queriam a expulsão do goleiro Foster, após fazer falta em Nilmar dentro da área. No entanto, o árbitro apenas deu apenas cartão amarelo ao arqueiro
Fora do jogo
- Antes da bola rolar em Doha, a organização do amistoso resolveu fazer um minuto de silêncio pela morte do goleiro Robert Enke, do Hannover e da seleção da Alemanha. Aos 32 anos, o jogador sofria de depressão e cometeu suicídio na última terça-feira ao se jogar em uma ferrovia e ser atropelado por um trem
Pontos Fortes do Brasil
- Boas participações das novidades do time titular (Thiago Silva, Elano, Michel Bastos e Nilmar), que além de não comprometerem, conseguiram ser destaque em seus setores;
- Velocidade e entrosamento do trio ofensivo formado por Kaká, Nilmar e Luís Fabiano, principais preocupações da defesa inglesa;
- Marcação eficiente no meio campo, principalmente quando adiantou o combate e tentou o desarme ainda no campo do adversário
Ponto Forte do Inglaterra
- Perigo nas bolas altas, como já era esperado pelos brasileiros antes do confronto
Pontos Fracos do Brasil
- Atuação abaixo da média de Luís Fabiano, que não conseguiu levar vantagem sobre a zaga inglesa na maioria dos lances e ainda desperdiçou um pênalti no segundo tempo, ao bater sobre a meta de Foster;
- Queda de rendimento a partir da segunda metade da etapa final, quando adotou uma postura de treino, parou de frequentar a área inglesa e só administrou a vantagem até o término da partida
Pontos Fracos do Inglaterra
- Falta de criatividade no meio campo, sentindo as ausências dos lesionados Lampard e Gerrard;
- Falhas de marcação e posicionamento da defesa, principalmente após levar o gol que abriu o placar no Catar, sempre levando desvantagem nos lances com Nilmar
Personagem do jogo
Nilmar
Destaque negativo do jogo
Wright-Phillips, da Inglaterra, que teve atuação apática
Comentários sobre o jogo
"Tem de aproveitar as oportunidades. Robinho se lesionou e não deu tempo de voltar. O Dunga sempre deixa claro para aproveitar as oportunidades. Estou procurando aproveitar o máximo possível para estar nesta lista tão concorrida", de Nilmar, autor do gol da vitória, em entrevista ao Sportv
"Não vou dormir mal não. Faz parte do futebol e todo mundo tem o direito de errar, paciência. Tive um pouquinho de falta de sorte e fui um pouco desconcentrado. Não pude ajudar para dar tranquilidade, mas o próximo, se tiver oportunidade de bater, vou mais concentrado", de Luís Fabiano, ao falar sobre o pênalti perdido, em entrevista ao canal Sportv
"O Brasil não é o favorito (na Copa). Até pouco tempo nos davam poucas chances. Temos que buscar nosso espaço, nosso jogo, sem se preocupar com o favoritismo. O que conta mesmo é dentro de campo, fora de campo não conta", de Dunga, ao negar um possível favoritismo após os bons resultados de 2009, incluindo o título da Copa das Confederações e primeiro lugar das Eliminatórias na América do Sul
Esquema Tático do Brasil
4-4-2
Júlio César; Maicon, Lúcio, Thiago Silva e Michel Bastos; Gilberto Silva, Felipe Melo, Elano (Daniel Alves) e Kaká (Júlio Baptista); Nilmar (Carlos Eduardo) e Luís Fabiano (Hulk); técnico: Dunga
Esquema Tático do Inglaterra
4-4-2
Foster; Brown, Lescott, Upson e Bridge; Barry (Huddlestone); Jenas, Milner (Young) e Wright-Phillips (Crouch); Rooney e Bent (Defoe); técnico: Fábio Capello
Cartões Amarelos
Inglaterra: Foster
Árbitro
Abdul Abdulrahman (CAT)
Local
Khalifa Internacional Stadium, em Doha (CAT)
O jogo no país do Oriente Médio, que aproveitou a ocasião para mostrar seu plano ambicioso de receber a Copa do Mundo de 2022, fez aumentar a supremacia brasileira diante do adversário. Em 23 partidas na história, são 11 vitórias, nove empates e apenas três derrotas.
O técnico Dunga manteve ainda a invencibilidade contra campeões do mundo. Em 11 confrontos contra Inglaterra, Itália, Argentina e Uruguai, foram oito vitórias e três empates. Desde que assumiu, em agosto de 2006, ele só não enfrentou Alemanha e França.
O Brasil encerra a participação na temporada nesta terça-feira contra Omã, em Mascate. Em 2010, a equipe tem apenas mais um teste, no mês de março, antes da Copa do Mundo da África do Sul, que acontece em junho.
Para o duelo contra os ingleses, Dunga apostou em Elano no meio campo. E as principais jogadas brasileiras saíram dos pés do jogador. A alta e forte defesa inglesa passou pouco perigo no primeiro tempo. O goleiro Foster mostou segurança quando exigido em chutes de Felipe Melo e Kaká.
O time britânico percebeu os espaços deixados pelo lateral esquerdo Michel Bastos e criou suas poucas jogadas por aquele setor. Mas a pontaria não estava calibrada e Júlio César passou o primeiro tempo sem fazer uma única defesa. O capitão Rooney, isolado, pouco apareceu.
A torcida, que fez muita festa antes do jogo nas "fun zones" do lado de fora do estádio, e viu um belo espetáculo de luzes dentro dele antes de a bola rolar, esfriou junto com o nível do clássico. Dunga e Fabio Capello não mexeram nos times no intervalo. Logo no primeiro minuto da segunda etapa, o Brasil chegou ao gol no melhor estilo inglês. Bola levantada por Elano na área e desvio preciso de Nilmar com a cabeça.
Os europeus saíram para o jogo e deixaram a defesa desprotegida. Em lance de oportunismo, Nilmar aproveitou erro de Brown e foi derrupado por Foster na área, em pênalti marcado para o Brasil. No entanto, Luís Fabiano bateu por cima do gol e perdeu a chance de ampliar a vantagem.
Já aos 33min, em ritmo de treino e após algumas alterações de ambos os lados, o time verde e amarelo por pouco não marcou o segundo, em lance do zagueiro Lúcio. Sem marcação, o jogador deixou a defesa, chegou ao ataque com liberdade e bateu forte com a perna esquerda, parando na trave inglesa.
FICHA TÉCNICA
Brasil 1 x 0 Inglaterra
Gols
Brasil: Nilmar, a 1min do 2º tempo
Polêmicas de arbitragem
- Reclamação dos brasileiros no lance do pênalti sofrido por Nilmar aos 10min do segundo tempo. No lance, os atletas do time verde e amarelo queriam a expulsão do goleiro Foster, após fazer falta em Nilmar dentro da área. No entanto, o árbitro apenas deu apenas cartão amarelo ao arqueiro
Fora do jogo
- Antes da bola rolar em Doha, a organização do amistoso resolveu fazer um minuto de silêncio pela morte do goleiro Robert Enke, do Hannover e da seleção da Alemanha. Aos 32 anos, o jogador sofria de depressão e cometeu suicídio na última terça-feira ao se jogar em uma ferrovia e ser atropelado por um trem
Pontos Fortes do Brasil
- Boas participações das novidades do time titular (Thiago Silva, Elano, Michel Bastos e Nilmar), que além de não comprometerem, conseguiram ser destaque em seus setores;
- Velocidade e entrosamento do trio ofensivo formado por Kaká, Nilmar e Luís Fabiano, principais preocupações da defesa inglesa;
- Marcação eficiente no meio campo, principalmente quando adiantou o combate e tentou o desarme ainda no campo do adversário
Ponto Forte do Inglaterra
- Perigo nas bolas altas, como já era esperado pelos brasileiros antes do confronto
Pontos Fracos do Brasil
- Atuação abaixo da média de Luís Fabiano, que não conseguiu levar vantagem sobre a zaga inglesa na maioria dos lances e ainda desperdiçou um pênalti no segundo tempo, ao bater sobre a meta de Foster;
- Queda de rendimento a partir da segunda metade da etapa final, quando adotou uma postura de treino, parou de frequentar a área inglesa e só administrou a vantagem até o término da partida
Pontos Fracos do Inglaterra
- Falta de criatividade no meio campo, sentindo as ausências dos lesionados Lampard e Gerrard;
- Falhas de marcação e posicionamento da defesa, principalmente após levar o gol que abriu o placar no Catar, sempre levando desvantagem nos lances com Nilmar
Personagem do jogo
Nilmar
Destaque negativo do jogo
Wright-Phillips, da Inglaterra, que teve atuação apática
Comentários sobre o jogo
"Tem de aproveitar as oportunidades. Robinho se lesionou e não deu tempo de voltar. O Dunga sempre deixa claro para aproveitar as oportunidades. Estou procurando aproveitar o máximo possível para estar nesta lista tão concorrida", de Nilmar, autor do gol da vitória, em entrevista ao Sportv
"Não vou dormir mal não. Faz parte do futebol e todo mundo tem o direito de errar, paciência. Tive um pouquinho de falta de sorte e fui um pouco desconcentrado. Não pude ajudar para dar tranquilidade, mas o próximo, se tiver oportunidade de bater, vou mais concentrado", de Luís Fabiano, ao falar sobre o pênalti perdido, em entrevista ao canal Sportv
"O Brasil não é o favorito (na Copa). Até pouco tempo nos davam poucas chances. Temos que buscar nosso espaço, nosso jogo, sem se preocupar com o favoritismo. O que conta mesmo é dentro de campo, fora de campo não conta", de Dunga, ao negar um possível favoritismo após os bons resultados de 2009, incluindo o título da Copa das Confederações e primeiro lugar das Eliminatórias na América do Sul
Esquema Tático do Brasil
4-4-2
Júlio César; Maicon, Lúcio, Thiago Silva e Michel Bastos; Gilberto Silva, Felipe Melo, Elano (Daniel Alves) e Kaká (Júlio Baptista); Nilmar (Carlos Eduardo) e Luís Fabiano (Hulk); técnico: Dunga
Esquema Tático do Inglaterra
4-4-2
Foster; Brown, Lescott, Upson e Bridge; Barry (Huddlestone); Jenas, Milner (Young) e Wright-Phillips (Crouch); Rooney e Bent (Defoe); técnico: Fábio Capello
Cartões Amarelos
Inglaterra: Foster
Árbitro
Abdul Abdulrahman (CAT)
Local
Khalifa Internacional Stadium, em Doha (CAT)
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