Após tirar o que "estava guardado", Pato recomeça batalha por sequência

Alexandre Pato não era titular da Seleção Brasileira desde amistoso contra Alemanha, em agosto de 2011. Foto: Ricardo Matsukawa/Terra

Alexandre Pato não era titular da Seleção Brasileira desde amistoso contra Alemanha, em agosto de 2011

Alexandre Pato, em suas palavras, tirou o que estava guardado ao comemorar com entusiasmo o primeiro gol da vitória brasileira por 3 a 1 sobre a Bielorrússia, no domingo, em Manchester. O jogador não se estendeu sobre o seu sentimento, mas o que ele colocou para fora ao sair correndo, fechar os punhos e soltar um grito está claro: a angústia de não conseguir uma sequência de jogos por causa de lesões e de ser alvo de desconfiança.

Pato não era titular da Seleção desde agosto de 2011, quando perdeu muitos gols e foi cobrado por Mano Menezes na derrota para a Alemanha. Desde então, sofreu com lesões, ficou fora de convocações por opção técnica e teve de esperar por uma chance enquanto Leandro Damião era o dono da camisa nove. Finalmente foi aproveitado desde o início ontem.

"Eu acho que ali eu tirei aquilo que estava guardado. Eu precisava jogar, joguei desde o começo e ainda consegui fazer um gol", disse, satisfeito por ter mostrado trabalho e voltado a almejar o posto de camisa nove da Seleção. "Podem ter certeza que ainda posso dar mais pelo Brasil".

Pato ainda não tem a vaga garantida para enfrentar a Nova Zelândia, na próxima quarta-feira. Mas nem hesita em colocar-se à disposição de Mano para um jogo três dias depois. Ele admite que ainda não está 100% fisicamente depois da recuperação de sua última lesão, mas não está em condições de vacilar. Pato precisa jogar.

"Posso dizer que ainda vou chegar aos 100%, mas estou muito bem. Eu acho que (a última sequência boa) foi no período de dérbi (Milan x Inter de Milão em 2011), lá teve uma sequencia. É isso que eu quero. Jogar desde o início e trabalhar forte", afirmou.

Mano concorda com Pato e acredita que tudo que ele precisa é jogar com frequência. Indicação de que uma nova partida como titular deve ocorrer contra a Nova Zelândia. "Ele passou por um reequilíbrio muscular e está se empenhado para melhorar. Se o jogador quer, já é meio caminho andado. Melhorando, ele vai ter segurança para retomar o caminho natural de fazer jogos sucessivos", disse.

Apesar de toda instabilidade, Pato só perde para Neymar na artilharia da era Mano Menezes. São sete gols contra 12 do santista. Leandro Damião tem apenas dois em 11 jogos. Pato depende de seu futebol e da saúde de seu corpo para retomar de vez seu espaço como titular da Seleção.

Terra

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