Ecclestone admite que escândalo de corrupção pode afastá-lo da f1

Bernie Ecclestone (XPB)

Bernie Ecclestone

Pela primeira vez desde que foi acusado de suborno no processo de venda dos direitos comerciais da F1 para a empresa CVC, Bernie Ecclestone admitiu que o caso pode ser crucial para o seu afastamento da categoria.

O processo corre na justiça alemã e nos últimos meses vem cercando o empresário inglês, que comanda a principal competição do automobilismo mundial. Em entrevista ao jornal “The Sunday Telegraph”, ele explicou que, caso seja considerado culpado, provavelmente perderá o seu cargo de chefe executivo da empresa que detém os direitos do campeonato.

“Isso provavelmente os forçaria a se livrarem de mim se os alemães vieram atrás de mim. É bem óbvio no caso de eu ser preso”, declarou.

A investigação é sobre o envolvimento de Ecclestone na compra dos direitos da F1 realizada pelo grupo CVC, que adquiriu a parte do banco alemão BayernLB. O inglês teria subornado o representante da instituição, Gerhard Gribkowsky, para que a empresa conseguisse assumir o controle acionário da SLEC, holding que detém os direitos de comercialização da categoria.

Só que ele alega que um pagamento de 45 milhões de euros que ele fez para o banqueiro não seria suborno. Gribkowsky já foi sentenciado a oito anos de prisão pela sua participação no caso.

O papel de Ecclestone já vem sendo questionado nos últimos tempos por algumas pessoas envolvidas tanto no negócio quanto no esporte, como o presidente da Ferrari, Luca de Montezemolo, que recentemente destacou que o inglês já estaria “velho” demais para desempenhar o seu papel e que seria hora de uma renovação no comando.

O próprio empresário de 82 anos explicou que a CVC já vem estudando um processo de sucessão e que alguns nomes estão sendo cogitados para o futuro.

“Eles disserem que contrataram um caçador de talentos para encontrar alguém no caso de eu não estar mais lá, como se eu morrer ou algo assim. É algo normal que eles têm que fazer para deixarem as pessoas contentes”, disse Ecclestone.

UOL Esporte

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