Pista lenta favorece patinadores "baixinhos" em Vancouver

É o local de competição mais badalado dos Jogos Olímpicos de Inverno. Exemplo de sustentabilidade, o Richmond Olympic Oval - onde serão disputadas as provas de patinação de velocidade em percurso de longa distância - foi construído com madeira reaproveitada, tem capacidade de armazenar água da chuva para usar nos sanitários e irrigar árvores e de utilizar o calor das máquinas de fazer gelo para gerar energia.
No entanto, o local não oferece o que os patinadores mais precisam: rapidez. Como a pista foi construída apenas quatro metros acima do nível do mar, a pressão atmosférica e a umidade do ar interferem no processo de congelamento, deixando o piso mais espesso e pegajoso. Ou seja, os atletas têm que fazer mais força para deslizar no gelo.

A diminuição da velocidade beneficia os atletas de baixa estatura, os que têm pernas mais curtas. Isso porque os rivais mais altos, com passadas longas, fatalmente não se aproveitarão tanto do fato de deslizar mais e, dessa maneira, terão que contar com a potência das pernas para ganhar impulsão.

Com essas condições, recordes não são esperados. Mesmo assim, a pista foi elogiada pelo americano Shani Davis, atual campeão olímpico e favorito para conquistar mais uma medalha de ouro. "As provas ficam muito mais competitivas. Essa é a pista de quem trabalha duro", disse o patinador de 1,88 m logo após vencer o primeiro evento internacional do Richmond Olympic Oval.

Comentários