Rubinho diz que uso de asa móvel é errado para Mônaco

Rubens Barrichello, da Williams, não teve bom desempenho e ficou apenas na 16ª posição. Foto: AFP

Barrichello acredita que uso da asa móvel em Mônaco pode causar acidentes

Chefe da GPDA (sigla em inglês de Associação de pilotos de Grandes Prêmios), Rubens Barrichello é contra a liberação da asa móvel pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo) no Grande Prêmio de Mônaco. Para o brasileiro, o sistema não trará benefício algum e ainda exporia os pilotos a acidentes.

Em um encontro com as equipes durante o GP da Turquia, Charlie Whiting, delegado da FIA, decidiu, por não haver um consenso entre os times, que permitirá o uso da asa móvel em Mônaco.

Um dos principais temores que rondam a utilização da asa móvel durante o GP no principado é que os pilotos se envolvam em acidentes por utilizar o sistema dentro do túnel do circuito.

"Eu penso que é errado. Na minha opinião, eles estão esperando algo de ruim acontecer. E quando isso acontece, eles simplesmente dizem: 'Oh, no próximo ano nós não vamos tê-la para Mônaco'. Os pilotos não foram ouvidos. Penso que esta decisão foi errada", disse Rubinho.

Sam Michael, diretor técnico da Williams, afirmou logo depois da decisão que ela foi tomada sem um acordo entre todas as equipes, visto que, enquanto alguns pilotos frisavam a segurança de todos, algumas escuderias reclamaram da possível falta da asa. Segundo elas, novas peças traseiras teriam que ser desenvolvidas apenas para o circuito.

"Nós vamos tentar usá-la lá. Mas posso ver uma corrida cheia de safety-cars. Se eles puderem nos ouvir: eu acho que Mônaco é o que é. Não é um território de ultrapassagens. Eles acham que podem criar ultrapassagens com a asa móvel? Eles devem poder, mas isso pode machucar alguém. E isso é a voz da experiência", finalizou o brasileiro, piloto mais longínquo da categoria, em sua 19ª temporada.

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