Em 8º clube aos 18 anos, paredão do Coritiba brilha nos pênaltis

Victor Brasil tem três gols sofridos na Copa São Paulo. Foto: Edson Lopes Jr./Terra

Victor Brasil tem três gols sofridos na Copa São Paulo

O melhor ataque da Copa São Paulo de Juniores avançou às quartas de final graças ao goleiro. Após quatro vitórias expressivas, o Coritiba superou o Internacional nos pênaltis por 4 a 2 depois de empate por 1 a 1 no tempo regulamentar. O principal nome da classificação foi Victor Brasil, camisa 1 da equipe paranaense. Um paredão de 1,91 m, 85 kg, só 18 anos e em seu oitavo time da ainda incipiente carreira.

Victor defendeu dois pênaltis, sendo um no tempo normal, e ainda viu outro sair pela linha de fundo. Com a confirmação da vitória, após o gol de Thiago Primão, todo o grupo do Coritiba correu em sua direção para agradecer. Natural pelo que fez ao longo dos 90 minutos e no desempate.

"A gente trabalha muito, dá muito a vida nos treinos e tive a felicidade de pegar esses pênaltis", afirma Victor Brasil, sem receita para sucesso. "Não tem muita tática, não. A maioria dos goleiros dá a mesma resposta. Você está ali, olha para a bola, para o batedor, e faz o que vem na cabeça".

Victor teve o melhor momento ainda no tempo normal, quando parou o volante Tarik e assegurou ao Coritiba, àquele momento, a manutenção da vantagem de 1 a 0. "Foi o mais difícil de todos para pegar. Na hora do jogo tem mais tensão. E ainda teve o rebote, que ele colocou para fora", recorda.

Principal personagem da vitória, Victor Brasil é carioca e tem uma trajetória quase impensável para um jogador de 18 anos. Já esteve por sete clubes diferentes, sendo um da Europa. Começou no Fluminense e de lá foi dispensado no início da adolescência. Rodou por Madureira, Inter, Vasco, Flamengo, Red Bull Brasil e Red Bull Áustria, em que passou duas vezes. "No Coritiba cheguei em setembro. Foi uma bênção para mim", diz ele, religioso.

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