Mano vê grito por Felipão natural e ignora bordão de "adeus"


Torcedores goianos não pouparam críticas ao técnico da Seleção e pediram Felipão em seu lugar. Foto: Bruno Santos/Terra
Torcedores goianos não pouparam críticas ao técnico da Seleção e pediram Felipão em seu lugar
O técnico Mano Menezes pareceu não ter se importado muito com os insultos vindos das arquibancadas do Serra Dourada nesta quarta-feira, após vitória por 2 a 1 contra a Argentina, em duelo válido pelo Superclássico das Américas. O treinador rejeitou mágoa pelos gritos de "Felipão", achou o fato natural e ainda ignorou o bordão de "adeus Mano", também cantado pelo público goiano.
"Estou sabendo exatamente o momento que estou vivendo. O futebol brasileiro é assim, não vamos supervalorizar, isso vira um bordão que alguns programas humorísticos repetem, incentivam e até trazem slogan para falar desse e daquele. Faz parte da nossa cultura", disse Mano, claramente se referindo ao Pânico na Band.
Os humoristas Alfinete e Ceará foram na porta do Hotel Mercure protestar com um grupo de torcedores pela permanência de Mano. Com um cartaz do treinador que possibilitava aos fãs xingarem o comandante da forma que quisessem, além de um boneco com o "fantasma" de Felipão colocado em frente ao ônibus da CBF, os personagens incomodaram a Seleção durante a tarde e, para o técnico, motivaram os gritos por Scolari.
"Nao me irrita, acho natural. É um técnico pentacampeão do mundo, as circunstâncias colaboram para isso e não tenho nada para reclamar do torcedor goiano, que nos recebeu com carinho muito grande. O Felipão é um técnico vencedor, não me incomodo com isso. A gente quando está ali fica muito alheiro a essa parte externa, buscando fazer sua função e sem dar muita atenção para o fator externo, que não consegue intervir", definiu Mano Menezes.
"Diria que o momento de agora era crítico, sabíamos que íamos passar por esse momento e penso que as próximas atuações da Seleção como um todo vão deixar bastante claro ao torcedor o que estamos passando. Sinto que o torcedor tem muito amor pela Seleção, independente das pessoas que aqui estão, e ele vai se juntar a nós e vamos ter condições de retribuir com atuações cada vez melhores", concluiu o comandante.
O Brasil volta a campo agora apenas no dia 3 de outubro, quando irá a Resistência, na Argentina, encarar a seleção local, em duelo de volta do Superclássico das Américas. Depois, o time verde e amarelo viaja a Suécia e Polônia para enfrentar Iraque e Japão, respectivamente.
Terra

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