Apesar de má fase do Palmeiras, Henrique ressalta :ninguém está aqui para brincadeira. Foto: Piervi Fonseca/AGIF/Gazeta Press
Apesar de má fase do Palmeiras, Henrique ressalta :"ninguém está aqui para brincadeira"














O Palmeiras venceu o Figueirense no final de semana e deu indícios de que melhorou após a demissão de Luiz Felipe Scolari, mas o perigo de rebaixamento segue altíssimo, os jogadores continuam pressionados e a situação, segundo o zagueiro Henrique, ainda é vergonhosa. Para acabar de vez com os problemas, incluindo ameaças a jogadores, o defensor pede postura de homem daqueles que assumem a responsabilidade e têm seriedade.
"Todo mundo aqui é o homem. Tratando-se da torcida, a gente tem que ter conversa, eles têm que saber que ninguém está aqui para brincadeira ou para tirar sarro. Estamos em uma situação difícil, em que a gente tem vergonha de fazer alguma coisa ou outra", afirmou Henrique, que na manhã desta terça-feira fez trabalho físico ao lado do restante dos jogadores na Academia de Futebol.
Titular absoluto do Palmeiras, Henrique se referiu à situação de um dos jogadores mais contestados do elenco: o volante João Vítor. O jogador, que já foi agredido por torcedores e em agosto admitiu ter chegado para trabalhar com hálito de cachaça, está sendo novamente ameaçado e pode acertar sua saída do Palmeiras ainda nesta terça-feira, em reunião com o gerente de futebol, Cesar Sampaio.
"O João Vítor ajudou bastante na Copa do Brasil e no Brasileiro, e vinha jogando machucado, com o dedo quebrado. Vinha se esforçando, mas às vezes a pressão cai para cima de uma pessoa, quando o elenco inteiro tem culpa da situação", lamentou Henrique. "A torcida tem todo o direito de cobrar, mas tem que resolver o problema como homem. Tem que ser como gente civilizada para resolver tudo com clareza. Não adianta vir com ignorância", afirmou.
O zagueiro, que vem atuando como volante, disse que a crise do Palmeiras deixa os jogadores e seus familiares intranquilos. "É uma situação complicada, até mesmo vergonhosa", admitiu. O primeiro passo para reação foi dado: a vitória na estreia do técnico Gilson Kleina, contra o Figueirense. Mesmo assim, ainda é 18º colocado, com 23 pontos, cinco atrás do Coritiba, primeiro fora da zona de rebaixamento. "Se cada um der um pouco a mais, a gente sai dessa situação para dar mais tranquilidade a nossa família", disse.
Terra

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