DF quer passar administração de autódromo para iniciativa privada














O Autódromo Internacional Nelson Piquet, em Brasília, pode ser repassado à iniciativa privada. O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB) visitou o local na última quinta-feira, dia 12. Sem boxes e sem pista, o circuito da capital do país está destruído desde que foi cancelada, a pedido da Justiça, as obras para receber a Fórmula Indy, em abril. Não há previsão para conclusão do serviço.

Quando perguntado pelo UOL Esporte se a administração do autódromo teria de ser de responsabilidade do Estado, Rollemberg informou: "Estamos analisando a possibilidade de fazer parcerias, de fazer uma concessão do autódromo à iniciativa privada, mas permanecendo como equipamento público", disse Rollemberg. Ele não explicou, no entanto, se ocorreria antes ou depois da reforma que não foi concluída para a Indy.

O autódromo de Brasília tem características pitorescas. Ele está situado em uma das áreas mais nobres da capital, a quatro quilômetros da Esplanada dos Ministérios, na Asa Norte de Brasília. Ironicamente, o circuito que leva o nome do tricampeão de F-1, Nelson Piquet, está dentro de um espaço batizado de Complexo Esportivo Ayrton Senna, com quem Piquet dificilmente manteve bom relacionamento.

A ideia de Rollemberg é conceder outros espaços do complexo para a iniciativa privada, não só o autódromo. É lá onde está o estádio Mané Garrincha, cuja reforma custou R$ 1,6 bilhão, e hoje é administrado pelo GDF (Governo do Distrito Federal). Há, ainda, dois ginásios poliesportivos, um complexo aquático, quadras ao ar livre de tênis e de basquete, vôlei e futsal, além do autódromo. De todas essas áreas, um dos ginásios (Claudio Coutinho) está abandonado há mais de uma década. Já as quadras, estão em péssimo estado de conservação.

O autódromo também está em ruínas.  Boa parte dos 5.475,58 metros da pista está sem asfalto e em alguns trechos já há pavimentação, mas sem o devido tratamento para receber corridas de carros e nem muito menos sinalização. Há caminhões e tratores estacionados no asfalto. Uma mini-usina de asfalto ainda está no local, mas sem funcionar.

Os boxes foram detonados, porque seriam reconstruídos em outra parte do circuito, mas ainda não foram reerguidos. O projeto previa a demolição do Kartódromo Waltinho Ferrari, nas dependências do autódromo. Por sorte, a obra não havia chegado àquele trecho do percurso.

Duas das principais categorias de automobilismo do país têm eventos marcados para Brasília na segunda quinzena de abril: Stock Car e Fórmula Truck. No GDF, há quem cogite a realização das etapas mas com a utilização de estrutura temporárias para os boxes - uma vez que os novos não seriam construídos a tempo.

UOL Esporte

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