Problemas antigos dão as caras em começo de ano do "novo" Palmeiras

O Palmeiras de 2015 tem uma cara totalmente diferente do de 2014: foram 19 reforços contratados pelo novo executivo de futebol, Alexandre Mattos. O técnico, Oswaldo de Oliveira, também é novo, e as expectativas da torcida otimistas. O começo de temporada, porém, pode causar uma sensação de deja vú no torcedor: problemas do passado dão sinais de que continuam rondando o alviverde.

Dificuldade contra os rivais, peças importantes no departamento médico, problemas de entrosamento. Essas e outras situações que o Palmeiras tenta exorcizar, e que marcam a má fase do clube nos últimos anos dão sinais de que estão presentes neste princípio de temporada.

1)    Novas caras e a falta de entrosamento

Os 19 reforços de 2015 causaram espanto na torcida, que até criou brincadeiras com o diretor de futebol Alexandre Mattos. O pacote, porém, não é algo tão novo assim: no ano passado o Palmeiras também foi extremamente ativo no mercado da bola: entre janeiro e fevereiro, foram 12 reforços.

As contratações em 2014 continuaram durante todo o ano, na medida em que o clube não encontrava uma boa sequência de resultados. Entre abril e outubro, vieram mais nove, incluindo os quatro argentinos (Tobio, Mouche, Allione e Cristaldo). Alguns que chegaram no começo da temporada saíram no meio, como Willian Matheus e Marquinhos Gabriel. O entrosamento não veio, e a luta contra a degola foi árdua.

2)    Sofrimento nos clássicos

Neste domingo, o alviverde foi derrotado em casa pelo Corinthians no primeiro clássico da temporada. Com o resultado, perdeu a chance de quebrar uma sina de mau desempenho contra rivais durante toda a gestão de Paulo Nobre.

Em 2014, foi só uma vitória, em fevereiro, contra o São Paulo. Dois empates e seis derrotas completaram o retrospecto.

3)    Sem vencer como mandante na nova casa

A estreia do Palmeiras no Allianz Parque foi frustrada por uma derrota contra o Sport, por 2 a 0; depois, veio um empate contra o Atlético-PR. Desde então, o clube não vence atuando como mandante na nova casa.

O jejum invadiu 2015 – houve uma vitória, mas o mandante da partida foi o Audax. Com mando alviverde, derrotas para Corinthians e Ponte Preta.

4)    Maikon Leite

A torcida não tem lá muita paciência com Maikon Leite – não gostou nem um pouco de vê-lo como titular neste domingo, na vaga de Dudu. O atacante volta ao time depois de boa passagem pelo futebol mexicano, mas terá que mostrar muito futebol – ficou marcado pela campanha do rebaixamento em 2012.

Ano passado, jogadores contestados pela torcida ganharam novas oportunidades, casos de Wendel e Mazinho, mas não conseguiram reconquistar os torcedores. Maikon Leite pode conseguir, mas, para isso, precisará de uma coisa: paciência, o que leva a outra questão.

5)    Falta de paciência da torcida

A torcida palmeirense está calejada pelo passado recente do clube, e já não tem a mesma paciência para esperar que o Palmeiras volte a levantar troféus de expressão. Neste domingo, criticou bastante Oswaldo de Oliveira pela escalação de Maikon Leite, e pediu Dudu. A revolta era cena comum durante grande parte de 2014.

Com um elenco em formação e 19 jogadores desacostumados a atuar juntos, reencontrando a forma física em um começo de temporada, será necessário esperar.

6)    Valdivia fora

Valdivia começou 2015 como passou a maior parte de 2014: no departamento médico. O chileno ainda é o principal jogador do elenco. No final do ano passado, mostrou comprometimento com o time nos treinos, se dedicou, e até jogou no sacríficio, sendo fundamental na fuga do rebaixamento.

Mesmo assim, as lesões podem acontecer. Sem Valdivia, o Palmeiras apresenta outro problema marcante da última temporada: a falta de criação no meio de campo. Com Robinho, Alan Patrick e Allione, o time teve dificuldades nas derrotas contra Corinthians e Ponte.

UOL Esporte

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