Presidente do COI diz que Olimpíada será parte da solução para o Brasil

(Foto: RICHARD JUILLIART/AFP)


O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, afirmou que a Olimpíada trará muito mais benefícios que complicações ao Rio de Janeiro e ao Brasil e até fez uma comparação com a Copa do Mundo de 2014.

"Vemos que os responsáveis e a população brasileira se deram conta que a Olimpíada faz parte de uma solução (para o país), não o problema", disse Bach em entrevista que será publicada na íntegra pela revista alemã Kicker nesta segunda-feira.

"No futebol, falamos sobre estádios e aeroportos. Com os Jogos Olímpicos, nós vamos fornecer moradias para milhares de pessoas", disse o mandatário fazendo referência aos prédios construídos na Vila Olímpica.

O cartola alemão, porém, mostrou certa preocupação com o momento econômico e político vivido pelo Brasil a pouco mais de seis meses da abertura dos Jogos, no dia 5 de agosto, no Maracanã. Ainda assim, deu mais um voto de confiança.

"Todos nós sabemos que a situação política e econômica é muito, muito difícil e que o país se encontra em uma crise profunda. Mas as obras estão quase todas concluídas e estamos confiantes que vamos experienciar uma Olimpíada incrível", completou.  

Para o mandatário, os Jogos Olímpicos servirão para ajudar no combate ao terrorismo e outras ameaças globais.

"A Olimpíada é o único evento que traz sob o mesmo teto o mundo todo sem discriminação. O esporte é a única área da vida humana onde os direitos de todos são iguais", afirmou.

Bach também falou sobre a sanção enfrentada pela Federação Russa de Atletismo por causa de envolvimento em um mega escândalo de doping que poderá deixar os atletas do país fora dos Jogos Olímpicos.

"Tem de haver tolerância zero, o que significa que todos envolvidos, sejam atletas, técnicos, médicos ou oficiais devem ser punidos. Ao mesmo tempo, atletas limpos devem ser protegidos", analisou.

"A Iaaf (Associação Internacional das Federações de Atletismo) agora tem de ver o progresso que está sendo feto e decidir se a suspensão deve ser retirada ou não", concluiu.

UOL Esporte

Comentários