Favoritas, americanas e suecas tentam despachar zebras

 . Foto: Getty Images

Com boas atuações, goleira Hope Solo é esperança para classificar time americano à final

O favoritismo nas semifinais da Copa do Mundo de Futebol Feminino está declarado para Estados Unidos e Suécia. Nesta quarta-feira, respectivamente em Mönchengladbach e Frankfurt, americanas e suecas tentarão despachar dois times que podem ser chamados de zebras. Afinal, França e Japão jamais foram tão longe em seis edições do torneio, que já não tem mais a Seleção Brasileira, despachada no domingo.

Liderada por Hope Solo e Abby Wambach, a seleção dos Estados Unidos tenta voltar a uma final da Copa do Mundo após cair duas vezes consecutivas nas semifinais e beliscar o bronze. Empolgada pela vitória épica sobre o Brasil no último domingo, o time americano só teve um dia de recuperação e outro de treino. Nesta quarta-feira, às 13h (de Brasília), vai ao Borussia Park para tentar eliminar mais um time que pode chamar de freguês.

Dos últimos 13 confrontos entre os dois países, os Estados Unidos venceram simplesmente 11. As francesas, que não ganham esse confronto desde 1990, apostam na evolução do futebol feminino em sua liga. Recentemente, o Olympique Lyon, com só quatro estrangeiras no time titular, foi campeão da Liga dos Campeões da Europa.

Cada qual com seu estilo, francesas e americanas são os times que mais finalizaram a gol na Copa: 32 arremates para cada. "Tivemos um dia a mais de recuperação e ainda não inventaram uma máquina que possa resolver isso. Nossa prioridade tem sido trabalhar as táticas e a posse de bola. Fizemos alguns exercícios relacionados a esses aspectos", afirmou o treinador Bruno Bini, que acredita ter um time mais técnico que o dos Estados Unidos, cuja principal arma é a bola aérea para a forte Wambach.

A França, assim como a equipe americana, também chegou às semifinais de forma quase épica. A equipe era surpreendida pela Inglaterra, mas Bussaglia acertou um lindo chute de longe e decretou o empate aos 43min do segundo tempo, o que permitiu a conquista da vaga nos pênaltis. Como o jogo foi no sábado, e os Estados Unidos só atuaram no domingo, Bini acredita ter uma vantagem física. Hope Solo, porém, aponta que o moral americano está nas alturas.

"Temos um acordo para chegar ao topo e podemos superar qualquer coisa, porque estamos cheias de confiança. No dia seguinte à vitória sobre o Brasil, estava muito exausta e emocionalmente cansada, mas na manhã seguinte já tentei tirar tudo da minha cabeça", observou a goleira americana, maior destaque das quartas de final.

Suécia tenta manter o 100% de aproveitamento

Com quatro vitórias em quatro jogos, a Suécia também foi o único time a conquistar a vaga nas semifinais com 90 minutos. No domingo, fez 3 a 1 sobre o técnico time australiano, confirmando a boa fase que já mostrara ao bater os Estados Unidos na fase de grupos. As suecas testam sua força contra a maior zebra: Japão, que no último sábado eliminou simplesmente a anfitriã e atual bicampeã Alemanha. O duelo entre europeias e asiáticas ocorre também nesta quarta, às 15h45 (de Brasília) em Frankfurt, na Commerzbank-Arena.

Enquanto as japonesas estreiam em uma semifinal de Copa, a Suécia tenta seu primeiro título em uma competição na qual já tem história para contar. Quarto lugar em 1991, o time sueco ficou com o vice em 2003, quando perdeu para a Alemanha no gol de ouro. O Japão ratifica a boa fase do futebol feminino em seu país, já que foi semifinalista também na Olimpíada 2008 e conta com um ótimo retrospecto nos confrontos diretos.

"Quando jogamos o último amistoso contra a Suécia, ganhamos confiança e desde então melhoramos", recorda o treinador Norio Sasaki. Nos últimos quatro confrontos entre os dois países, os japoneses venceram dois e empataram outros dois. "Contra a Alemanha, ganhamos outras experiências valiosas, mas só o Deus do futebol sabe quem vai vencer", acrescentou Sasaki.

Em campo, estarão as duas jogadoras com mais chances de tirar de Marta, que tem quatro gols, a artilharia do Mundial. Homare Sawa, do Japão, e Lisa Dahlkvist, da Suécia, vêm logo atrás da brasileira, com três gols cada.

Comentários